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segunda-feira, 30 de junho de 2014

Os nossos filhos pertencem a Deus

Ao criar o homem, Deus lhe deu uma alma imortal, feita a sua imagem e semelhança. O ser humano é a criatura predileta de Deus. Ele fez todos os homens e mulheres filhos seus pela graça santificante, e os encheu de dons sobrenaturais pelo batismo. Deus quer encher o céu de multidões de pessoas, e por isso os pais são colaboradores na criação de novos seres, e Ele transmite graças especiais aos esposos para serem mais uns dos outros e para educar os filhos.

Os filhos herdam dos pais a parte corporal e genética, e Deus dá a cada filho uma alma imortal, individual e diferente das outras bilhões de almas já criadas, e que vão ser criadas.  Como Jesus, que foi confiado aos cuidados de José e Maria, os filhos que chegam a cada família são confiados aos cuidados de seus pais. Os pais não escolhem o filho, não sabem quais serão as características de sua alma, quais as virtudes e quais as fraquezas, nem podem escolher seu sexo. Quem sabe tudo isto é Deus, portanto nossos filhos pertencem muito mais a Deus do que a nós, e devemos lembrar-nos disso sempre.

 Deus ama cada homem com predileção, pois o escolheu entre todos os seres possíveis que poderiam existir. Escolheu-o com este temperamento, estes dons e defeitos, estas tendências e virtudes, com esta aparência e esta saúde. Deus o ama assim. Quer que ele lute contra os defeitos e desenvolva suas virtudes. E nós, pais, somos os guardiões e educadores de nossos filhos, escolhidos para este papel por Ele.  Mesmo entre gêmeos, nenhum filho é igual ao outro, e cada um precisa ser tratado de modo diferente. Por exemplo, um é tímido e sua autoconfiança precisa crescer, outro é muito otimista e precisa aprender a ser mais humilde.

A vocação de pai ou mãe é a vocação mais importante de todas, a mais emocionante, e a mais exigente; e continua desde a concepção até que cada filho vai para o céu. Mesmo que morramos antes deles, e Deus queira que seja assim, continuamos velando por nossos filhos no céu.

Diante desta perspectiva podemos perguntar por onde começar a cuidar desses filhos “emprestados” a nós. A resposta é: pela oração. Nenhum dia pode passar sem que peçamos a Deus graças para nossos filhos. E através da oração receberemos luzes de como agir em tal situação, de como resolver tal problema. Às vezes veremos que o melhor seria falar a sós com o filho, às vezes teríamos de pedir conselho a alguém que possa saber melhor que nós, a um professor da escola, ao diretor espiritual.

Lembro a história da mãe de um toureador. Ela estava aflita ao saber que seu filho teria que lutar contra um touro muito feroz. Mas o seu confessor, a quem ela confiou esta preocupação, a confortou dizendo que tinha certeza que seu filho ia vencer, porque o touro não tinha uma mãe rezando por ele.

Toda mãe deve conhecer a história de Santo Agostinho e Santa Mônica, que era sua mãe. Agostinho, antes da sua conversão, vivia uma vida muito dissoluta e Santa Mônica chorava e implorava a Deus por ele. Santo Ambrósio consolou Santa Mônica dizendo que não era possível que se perdesse o filho de tantas lágrimas. E, de fato, Santo Agostinho se tornou um grande santo devido às orações da sua mãe, que também se tornou santa por isso.

A nossa maior tarefa, de pais e educadores é rezar sempre para que Deus esteja constantemente presente na vida dos nossos filhos.

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