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segunda-feira, 14 de abril de 2014

O amor em primeiro lugar

Para que casemos é necessário que o casal se ame, pois será um projeto de vida juntos; mas é natural que mesmo depois de muitos ou alguns anos casados, continuemos encaixando nossas pecinhas. É bom que seja assim.

A pessoa que se casa também é chamada de CONSORTE – o que compartilha a mesma sorte, destino, estado ou encargo. Não podemos fazer que em vez de ser com sorte seja sem sorte. É um processo longo que dura um vida toda e não é para desistirmos  ante as dificuldades que se apresentem.

As teorias que defendem o período de conhecimento íntimo antes do casamento, como decisivo para tudo dar certo,  têm furos porque não há um ponto final no aprendizado da vida a dois. Não se vai ao shopping e se leva para casa a roupa por experiência. O dono da loja ia nos achar loucos.

Citando Mario de Andrade: amar verbo intransitivo – não permite impedimentos, condições, e obstáculos – eu amo. Em inglês este verbo não se usa com gerúndio, não se fala habitualmente I'm loving someone.

Não podemos esquecer-nos de dizer que amar é um verbo de muitos significados implícitos, e temos que aprender a conjugá-lo bem para podermos afirmar que sabemos amar, e como pré-requisito dele, teremos os verbos: respeitar, compreender, perdoar, esperar, carregar, servir, sorrir.

Respeitar: o que? A individualidade do outro, as diferenças; o homem tende a ser  muito objetivo e a mulher mais subjetiva. É preciso ter uma grande amizade à pessoa que se ama. Embora o homem tenha uma tendência dominadora, conquistadora, não sente isso como opressão, mas como desejo de proteger, e a mulher muitas vezes goste de sentir-se protegida.

Pensar que o que se quer é a felicidade do outro. Não existe esquema muito rígido: eu cozinho e você lava; o ideal é usar de maior flexibilidade. Lembrar que temos uma capacidade de doação enorme, a maternidade e a paternidade nos leva a isso.


Se o marido é um preguiçoso não adianta brigar. Exigir, impor.  É melhor mostrar nosso lado frágil – cuidado para não fazer de tudo um grande drama e exigir do marido uma exclusividade de parasita.

O casamento é uma relação de exclusividade sim. Quando escolhemos um eliminamos completamente os outros. Mas isso não quer dizer que um é escravo do outro, tudo devem fazer para um bem comum, que é a felicidade de ambos.

Os homens têm uma tendência utilitarista e as mulheres precisam saber dosar isso para que haja harmonia e o amor permaneça firme. Um exemplo é quando o marido acha que tem que chamar a mulher mil vezes por dia, para que ela o sirva sempre, neste caso a mulher precisará explicar a ele que tem outras coisas para fazer que não seja só atendê-lo, antes de explodir na “mil e uma” vez. O amor será cultivado com o carinho, sem perder a paciência, falando com delicadeza. colocar-se no lugar do outro, antes de brigar e de criticar.

Temos que querer o outro como é, porque amar as qualidades é fácil, mas o que vale é amar apesar dos defeitos. Há certos defeitos que aos poucos, mais com o nosso exemplo do que com críticas, conseguimos melhorar no outro.

Será, justamente,  pelas diferenças que vamos nos completar.

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