Temos o costume de dar esse nome às mães quando esperam e/ou têm seus primeiros filhos. Normalmente, o primogênito é cercado de muito mais cuidados, justamente pela falta de conhecimentos e prática nossa com crianças.
A jovem mãe costuma ter muitos medos e ansiedades pela chegada do seu primeiro filho, nunca foi devidamente preparada para essa ocasião; formou-se em muitas coisas, fez muitos cursos profissionais, mas nunca pensou que criar um filho seria algo bem diferente do que já viveu até o momento, e que precisaria de "instruções de uso".
Afinal, as mulheres sempre tiveram filhos, desde que o mundo é mundo! Mas, não é bem assim, as coisas mudam a cada ano que passa, e o mundo evolui rapidamente, fazendo com que precisemos, sim, de maiores conhecimentos para cuidar, educar e
dar amor adequado aos filhos.
Lembro-me bem de quando tive meu primeiro filho e do quanto sofri com seus choros durante dias e noites, no seu primeiro ano de vida. Tudo era novidade, e, por mais que eu tivesse um belo Livro do Bebê, do Dr Rinaldo De Lamare, a bíblia das mãe de minha geração, isso não era suficiente na hora de acalmar o bebê no seu choro sem fim. Com o passar dos anos, e com a chegada dos outros filhos, o choro passou a ser uma bela canção de ninar para meus ouvidos, acostumados a tanto! Confesso que não cheguei a ficar insensível aos choros das crianças, mas já não me abalava tanto e nem saía correndo mais, como fazia antes.
Não há experiência de ninguém que faça com que tenhamos nosso primeiro rebento tranquilas e seguras, isentas de temores ao choro sem intérprete. Quando passamos por uma situação nova, em que existe um ser humano mínimo envolvido, tudo cria uma expectativa inusitada. Vamos sempre nos questionar com inúmeras perguntas: o que ele tem? Sofre? Tem fome? É calor? É frio? ...
Acontece que saímos fazendo coisas para acalmar nosso primogênito sem a menor noção, por impulso, com sofreguidão para que se acalme e se sinta bem. E com isso, muitas vezes a criança sofre com a nossa falta de conhecimentos e de tato. Aprendemos a ser mãe, sendo mães. O filho que chega primeiro é a aula prática, teórica, é o teste e a nota final. Sobreviverá graças a Deus que nos dá graças para criá-lo e alimentá-lo, é a maior prova de fogo da nossa vida. Quem nunca viveu ou passou por isso não sabe o que é dureza.
Não quero desanimar futura mãe alguma, quero dizer que é natural passarmos por tudo isso, e é preciso treinar a paciência e a perseverança para nos tornarmos verdadeiras mães, carinhosas e cuidadosas com nossos filhos.
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