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segunda-feira, 6 de maio de 2013

Dia das Mães

Lá vem de novo o dia das Mães: ternura, presentes de última hora, "goiabas" (como apelidei, não sei por quê, coisas bonitas mas inúteis,) ou sabonetes líquidos e hidratantes corporais, paciência pra esperar na fila do restaurante e mau humor no fim; enfim, uma overdose de confusão!

Sabemos que o dia dos Pais foi inventado por um comerciante norte-americano espertíssimo para vender gravatas. Palmas pra ele; e o dia das Mães, é pra vender sabonete? Não que eu ganhe sabonete - não precisam me dar, sou adepta e fuço os lançamentos -, ou, como já deixei claro, desaprove o produto, mas é difícil dar presente para a mãe, não é? Não sabem do que ela precisa, pelo simples motivo de não procurarem saber, alguns, não todos os filhos.

Estou sendo pessimista, e a esta hora já deve ter muita
gente horrorizada com minha visão fria e cínica da data, mas pensem bem. Cansei de ver criança chorando, nas festas de escola em homenagem ao dia, porque não tinham mãe, e esse "tinham" abarca muita coisa, ou porque as mães, obrigadas a trabalhar naquela hora, não estavam presentes. Isso marca bastante, acreditem.

Tá bom, vão retrucar com a estória de que, se não houvesse esse dia, ninguém se lembraria ou reservaria um dia para dar atenção a essas criaturas, as mães. Bom, filhos que precisam de um dia marcado pelo comércio para estarem com suas mães não deveriam ser chamados de filhos, mas de crias, sinto muito.

Todo dia é dia, e pode ser o último, de ambos os lados, para demonstrarmos nosso amor e a importância do outro, seja mãe, pai, marido, esposa, filhos, amigos, todos. Mas, como não adianta lutar contra a tradição, vamos, pelo menos, caprichar, não só no presente  - esqueçam os sabonetes e objetos "do lar" -, mais do que tudo no carinho, atenção, comunicação e cuidados com nossas mães. Nós merecemos, as mães, é claro!

                                                 Maria Teresa Serman

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