Por Maria
Teresa Serman
Já não se
fazem mais padres como antigamente, graças a Deus. Não que os mais antigos não
fossem bons, eram e são ótimos, e muitos, inesquecíveis. Todos nós temos na
memória afetivo-religiosa um pastor admirável, santo, que foi, e é, para
nós o próprio Cristo, mas os tempos mudaram, e há que se adequar ao que pode
ser diferente.
Acabo de
ler uma reportagem na Veja Rio sobre a formação de novos seminaristas, alguns
prestes a serem ordenados, que me encheu de alegria, que desejo compartilhar
com vocês, principalmente com nossa amiga e colaboradora, Cristina Maranhão,
mãe de um desses novos talentos da fé focalizados na entrevista, o Pedro
Maranhão. Jovem e bem sucedido, a vocação para o sacerdócio finalmente se lhe
fez clara, e todos nos rejubilamos com ele e a família. O coração da mãe deve
estar transbordando de felicidade, é uma grande graça, que nem todas entendem,
infelizmente, conceber e criar para o serviço específico de Deus na Igreja.
Como
explica com perfeição o arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta,
"a fé é a mesma, mas a maneira como a transmitimos, como falamos com as
pessoas, tem de refletir o mundo atual". A Igreja guarda o depósito da fé
com zelo, mas os meios de transmiti-la podem e devem ser modernos, atraentes,
coerentes com novas mídias e divertimentos inocentes, que não vão, muito pelo
contrário, contra a Palavra que devemos testemunhar e pregar - todos nós,
batizados, não só os padres e religiosos.
Atualmente
há, segundo a reportagem, 152 internos do Seminário Arquidiocesano de São José,
no Rio Comprido, "o maior e mais antigo centro de formação de sacerdotes
católicos do país." Ainda que o mundo esteja tumultuado, o homem com suas
crenças e valores abalados, o Espírito Santo continua a inspirar fortemente a
alma da Igreja e de seus fieis, e estão aparecendo muitas vocações, não só
territoriais ou nacionais, mas no mundo todo. Há uma nova evangelização, que se
aproveita santamente das redes sociais, do esporte, da música, do mundo digital
e tecnológico.
É
revigorante perceber, no rosto e na vida desses jovens chamados a se doarem por
inteiro, a felicidade de ter achado sua verdadeira vocação; comunicam, em suas
fisionomias, a paz que acompanha o Amor a que se querem consagrar. O seminário
pressupõe abdicar de certos atrativos do mundo exterior, mas isso lhes é
largamente compensado, pelo que se lê e depreende, pelo encontro com um sentido
especial para suas vidas. Sua aprendizagem abarca muita teologia e filosofia,
latim, oração, juntamente com a SCHOLA CANTORUM - aulas de canto religioso - e
tempo para uso de internet. Alguns acrescentam a isso prática de esportes - há
um Neymar dos seminaristas, como é apelidado Rafael Gonçalves, de 23
anos, baiano - e percussão, no caso de Gabriel Coelho, 30 anos, formado em
jornalismo, fá de axé music! E há outros que desejam colocar seus talentos
musicais e digitais aos pés do Mestre, pela difusão do evangelho.
Vamos
oferecer nossas orações e trabalho pelos novos ministros, para que continuem
com fortaleza e santidade no caminho que traçaram para si mesmos; por suas
famílias, para que os apoiem e deem graças a Deus por essa benção especial que
receberam; e pelas outras famílias que também receberam essa graça, para que
compreendam, acolham e incentivem generosamente seus filhos no serviço de Deus.
Ele não se deixa ganhar em generosidade, lembremo-nos sempre disso!
Um comentário:
Agradecemos e continuamos pedindo orações a todos.Que o Divino Espírito Santo ajude esses jovens no discernimento da Vontade de Deus para cada um.O caminho que leva a Ordenação sacerdotal é longo para que todos tenham a oportunidade de refletir e orar muito antes de se decidirem; uma vez decididos, que estejam dispostos a serem sacerdotes santos.
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