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quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Novos pastores, rebanho revigorado

Por Maria Teresa Serman

Já não se fazem mais padres como antigamente, graças a Deus. Não que os mais antigos não fossem bons, eram e são ótimos, e muitos, inesquecíveis. Todos nós temos na memória afetivo-religiosa um pastor admirável, santo, que foi, e é,  para nós o próprio Cristo, mas os tempos mudaram, e há que se adequar ao que pode ser diferente.

Acabo de ler uma reportagem na Veja Rio sobre a formação de novos seminaristas, alguns prestes a serem ordenados, que me encheu de alegria, que desejo compartilhar com vocês, principalmente com nossa amiga e colaboradora, Cristina Maranhão, mãe de um desses novos talentos da fé focalizados na entrevista, o Pedro Maranhão. Jovem e bem sucedido, a vocação para o sacerdócio finalmente se lhe fez clara, e todos nos rejubilamos com ele e a família. O coração da mãe deve estar transbordando de felicidade, é uma grande graça, que nem todas entendem, infelizmente, conceber e criar para o serviço específico de Deus na Igreja.

Como explica com perfeição o arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani  Tempesta, "a fé é a mesma, mas a maneira como a transmitimos, como falamos com as pessoas, tem de refletir o mundo atual". A Igreja guarda o depósito da fé com zelo, mas os meios de transmiti-la podem e devem ser modernos, atraentes, coerentes com novas mídias e divertimentos inocentes, que não vão, muito pelo contrário, contra a Palavra que devemos testemunhar e pregar - todos nós, batizados, não só os padres e religiosos.

Atualmente há, segundo a reportagem, 152 internos do Seminário Arquidiocesano de São José, no Rio Comprido, "o maior e mais antigo centro de formação de sacerdotes católicos do país." Ainda que o mundo esteja tumultuado, o homem com suas crenças e valores abalados, o Espírito Santo continua a inspirar fortemente a alma da Igreja e de seus fieis, e estão aparecendo muitas vocações, não só territoriais ou nacionais, mas no mundo todo. Há uma nova evangelização, que se aproveita santamente das redes sociais, do esporte, da música, do mundo digital e tecnológico.

É revigorante perceber, no rosto e na vida desses jovens chamados a se doarem por inteiro, a felicidade de ter achado sua verdadeira vocação; comunicam, em suas fisionomias, a paz que acompanha o Amor a que se querem consagrar. O seminário pressupõe abdicar de certos atrativos do mundo exterior, mas isso lhes é largamente compensado, pelo que se lê e depreende, pelo encontro com um sentido especial para suas vidas. Sua aprendizagem abarca muita teologia e filosofia, latim, oração, juntamente com a SCHOLA CANTORUM - aulas de canto religioso - e tempo para uso de internet. Alguns acrescentam a isso prática de esportes - há um Neymar dos seminaristas, como é apelidado  Rafael Gonçalves, de 23 anos, baiano - e percussão, no caso de Gabriel Coelho, 30 anos, formado em jornalismo, fá de axé music! E há outros que desejam colocar seus talentos musicais e digitais aos pés do Mestre, pela difusão do evangelho. 

Vamos oferecer nossas orações e trabalho pelos novos ministros, para que continuem com fortaleza e santidade no caminho que traçaram para si mesmos; por suas famílias, para que os apoiem e deem graças a Deus por essa benção especial que receberam; e pelas outras famílias que também receberam essa graça, para que compreendam, acolham e incentivem generosamente seus filhos no serviço de Deus. Ele não se deixa ganhar em generosidade, lembremo-nos sempre disso!

Um comentário:

Cristina disse...

Agradecemos e continuamos pedindo orações a todos.Que o Divino Espírito Santo ajude esses jovens no discernimento da Vontade de Deus para cada um.O caminho que leva a Ordenação sacerdotal é longo para que todos tenham a oportunidade de refletir e orar muito antes de se decidirem; uma vez decididos, que estejam dispostos a serem sacerdotes santos.

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