Acabei de ver 2 filmes ótimos
neste final de semana, e acho que vale a
pena recomendar. Só não sei se esse estilo "papo cabeça" interessará
a muitas pessoas, mas quem sabe...só acho que adolescentes é que não
entenderiam e nem gostariam.
O 1º - A Vida de Outra Mulher
O 1º - A Vida de Outra Mulher

Mostra a sua perplexidade ao se
descobrir como mãe de um garoto pequeno, que seu casamento não vai bem, que é
uma executiva de sucesso, muito rica, etc. e daí começam a aparecer os
problemas que ela tem para se adaptar a tudo que está acontecendo a cada minuto
com ela, que não sabe nem o nome da rua em que mora, o nome do filho, da
diretora da escola dele, que ela mesma tem um carro lindo, um escritório
famoso, um marido também muito bem sucedido e ausente na vida dela, etc. São cenas muito divertidas e quando ela retoma
a rotina que teria normalmente, como se não tivesse tido aquele lapso de perda
de memória tão longo, é quando a estória fica bem emocionante, sensível, até
triste em alguns momentos, mas a atenção fica bem presa até o final que se pode
chamar de UN GRAND FINAL! Foi muito lindo! Tirou lágrimas de emoção de muitos
espectadores, bem no final, tão forte a atuação dos dois atores principais, a
Juliette Binoche e Mathieu Kassovitz.
O 2º - O Deus da Carnificina,( que por esse título infeliz, eu nem ia ver, mas como li antes uma sinopse, achei que não tinha nada a ver com a estória e arrisquei. Valeu a pena!)
É muitíssimo interessante, um diálogo ininterrupto entre dois casais que se
encontram na casa de um deles, pra decidirem como resolver civilizadamente, a
punição para o filho do casal que numa briga com o coleguinha de escola(filho
do outro casal) quebrou 2 dentes do garoto batendo com um bastão de madeira. O
casal da "vítima" querendo ser civilizado, mas ao mesmo tempo,
exigindo do outro casal um pedido de desculpas formal do agressor, para o
filho machucado, entre expressões fortes e trocas de alfinetadas educadas,
acabam passando a tarde toda conversando, mas fugindo completamente do tema do
início da conversa, e desenvolvendo uma discussão paralela. Cada um desses
quatro personagens do casal acaba abrindo sua intimidade ao tentar defender
suas atitudes ou razões, e os outros ouvindo, mas então, começam também sem
querer, a apoiar o que o marido ou a mulher do casal oposto está dizendo, e a
confusão está instalada. A maneira como se desenrola esse tumulto de emoções, explosões
e contradições que são hilárias, e tão
real da vida de todos nós que muitos poderíamos nos identificar com o que os
quatro falastrões diziam. Dentro dessa Babel de reclamações, há inúmeros
momentos engraçadíssimos, de uma inteligência ímpar, que fazem a plateia rolar
de rir! Em tempo: essa expressão Dieu du Carnage foi dita pelo pai
do menino que agrediu o outro, mencionando um comportamento dentro de uma
civilização oriental, ou coisa do gênero, mas foi apenas mencionada durante um
dos bate-bocas e não tinha nada absolutamente que justificasse o uso dela para
título do filme. Como quase acontecia comigo, outras pessoas podem ter
desistido de assistir ao filme pensando ser de luta, carnificina, guerras,
violência, etc. Muito pelo contrário: a cena final, sem palavras, só fala de
PAZ!
O 2º - O Deus da Carnificina,( que por esse título infeliz, eu nem ia ver, mas como li antes uma sinopse, achei que não tinha nada a ver com a estória e arrisquei. Valeu a pena!)

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