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sábado, 19 de novembro de 2011

A LIBERDADE DOS FILHOS DE DEUS

Por Maria Teresa Serman

“Origem do amor: só os seres livres estão em condições de amar e serem felizes. Dificilmente cresce o amor onde impera a coação. E não há fidelidade sem a decisão livre e firme de se identificar com a Vontade de Deus”.

Esta frase faz parte de uma Carta Pastoral, de D. Javier Echevarría, prelado do Opus Dei, para uma nova evangelização. Essa “nova evangelização”, como ele próprio a denomina, tornou-se necessária, imprescindível mesmo, devido ao paganismo que se reacendeu no mundo, pelo hedonismo, relativismo moral e decadência espiritual que recrudesceram na sociedade contemporânea. Reconhecer tal situação não basta, é preciso transformá-la. Os cristãos temos, por conseguinte, uma urgente e desafiadora tarefa.

Jesus Cristo, relembra D. Javier, levou três anos para instruir os Apóstolos, com incansável paciência. Devemos nos aprofundar nós mesmos na doutrina católica, fundamentá-la bem em nossa mente, para em seguida fazer como o Mestre: ensinar, orientar, ajudar a encontrar o caminho evangélico e trilhá-lo em segurança.

Essa liberdade pessoal de se lançar no apostolado tem suas raízes em um amor sobrenatural, primeiro ao Pai, por quem fazemos tudo; depois, conduzidos por tal amor, para imitar a Cristo, “amando o próximo como a nós mesmos”, impulsionados pelo Espírito que nos leva a “pregar o evangelho a toda criatura”. Parece coisa de loucos, e o é, com certeza. Loucos de amor, como dizia S. Josemaria Escrivá, e loucos felizes.

“Quanto mais nos formamos, mais sentimos a exigência de prosseguir e aprofundar tal formação; como também quanto mais estamos formados, mais nos tornamos capazes de formar os demais.” São palavras do Beato João Paulo II, numa carta apostólica em que exortava os fiéis a se prepararem à altura de sua missão. O fermento não pode estar insosso, a luz não deve estar fraca.

Primeiro vamos aprimorar as virtudes humanas: a sinceridade; a honradez; a generosidade; o profissionalismo equilibrado; a gentileza; enfim, todas as qualidades que fazem o trato humano mais amável e as relações familiares e sociais harmoniosas e prazerosas. Depois, com base nesses sólidos alicerces, devemos aprofundar nossos conhecimentos doutrinais. Assim seremos eficazes, levando o “bom odor de Cristo” aos irmãos.

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