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quarta-feira, 6 de julho de 2011

Pare de reclamar, faz mal!!!

Por Maria Teresa Serman

Não há quem não reclame nunca, mas há os (e as) que fazem disso quase uma profissão, a que se dedicam diária e incansavelmente. Existem reclamações cabíveis, reivindicações justas, queixas normais, claro. Refiro-me neste início àquelas que nos fazem andar a volta do mesmo tema, alimentando o mau humor progressivamente, até que se instale o seu império, e tudo em torno seja contaminado por ele, originando-se, assim, um estado de coisas que pode ser chamado por um nome de etimologia (origem da palavra) horrenda: pandemônio – pan significa tudo ou todos, e o resto vocês já sabem.

O azedume da reclamação, além de contagiar, prejudica VISCERALMENTE a quem o gera, quer dizer, afeta a saúde do próprio rabugento, antes de tudo. Está provado que dez minutos desse veneno aumentam a produção do hormônio que causa estresse, o cortisol. É um suicídio lento e persistente, portanto.

Como combater a irritação, ou não deixar que ela nos domine? Podemos nos concentrar na solução do problema, em vez de ficar remoendo o quê ou quem o causou. Tacar fogo definitivamente naquele “arquivo de agravos”, como qualifica ironicamente D. Rafael Cifuentes as nossas lembranças dos erros dos outros (os nossos facilmente esquecemos, né?), que conservamos muitas vezes com primor de arquivista, abrindo e fechando gavetas ao menor sinal de ameaça à nossa tranquilidade, leia-se soberba.

Se o amor é o “motor dos nossos pensamentos, afetos, desejos(...)”, não podemos permitir que ele se azede, destruindo-se autofagicamente, se autodevorando. Se a semente é acre, os frutos também o serão. Quem semeia, e somos todos nós, que o faça com alegria, otimismo e rindo de si mesmo, de preferência.

Mais recursos de combate? Recordar momentos bons que aquela mesma pessoa nos propiciou; lembrar os nossos muitos e repetidos erros, não para remoê-los, mas para afirmar, em nosso íntimo, a certeza de que o nosso Pai comum nos perdoa a cada instante, e que Ele nos quer felizes, recomeçando a cada tropeço; e, uma taça de vinho no fim do dia também ajuda. Um pouco libera endorfina, mas não exagere, hein?!

Dedico este `a minha paciente amiga Liana, que atura com humor minhas reclamações gramaticais.


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