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sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Como os pais podem ajudar os filhos na busca de profissão

Por Patrícia Carol

Um bom começo para fazê-lo é observando de perto, desde pequenos, quais são as suas tendências inatas, através de suas próprias atividades infantis.
Nas brincadeiras com amiguinhos ou mesmo sozinhos às vezes, se gostam de personificar os heróis de quadrinhos que mais admiram, se fantasiando, falando como eles, e “assumindo seus poderes mágicos”, ou se participam com animação de peças teatrais nas apresentações em festas da escola, já dá pra ver por aí o quanto sua imaginação e criatividade estão aflorando.
Se forem mais retraídos, preferindo ler, pesquisar a fila daquelas formiguinhas que passam pelo chão, geralmente ao ar livre (por sorte!) transportando a folhinha que vão cuidadosamente picando e entregando para a que está atrás até entrarem no formigueiro...e assim completando sua missão; se gostam de bichinhos de estimação, para cuidarem, levar para passear, brincar, ensinarem truques...

Vendo que têm aptidão para esportes, facilitar-lhes, quando possível, a freqüência em uma “escolinha” daquela atividade com que sentem afinidade e ver se isso os está desenvolvendo tanto física quanto mentalmente, na sua coordenação motora, controle de emoções, disciplina e socialização no grupo. Isso vale igualmente para outras áreas de aptidões, como a musical, a gráfica, a mecânica, a oratória, a científica.

Enquanto os filhos vão se desenvolvendo harmoniosamente sob nossos olhos apaixonados de pais, se observarmos algum sinal de que têm pendor para a vida religiosa, seria o momento para encaminhá-los a um diretor espiritual ou sacerdote idôneo, para conversarem e buscarem a verdade da vontade de Deus para sua vida. Embora os pais possam sentir pena de não poderem mais estar tão próximos desses filhos abnegados, é uma GRAÇA ESPECIAL que receberiam e a qual deveriam corresponder, não tentando afastá-los da felicidade de um caminho extraordinário como esse.

Isso tudo mais tarde pode ser clarificado mediante sugestões de testes de aptidão, feitos em locais próprios e por pessoas especialmente treinadas para dar esse tipo de orientação. Mas, sem a participação dos pais ao longo dos anos, muitos talentos poderiam não ter tido chance de se desenvolverem desde a infância e serem desperdiçados ao alcançarem a fase de escolha de direção profissional. Aquilo que demonstraram ter, tanto de talento, quanto de inaptidão, em determinadas áreas, não deveria ter sido nem forçado demais na exigência de retorno e nem abafado pelos interesses pessoais dos pais.

Acredito, como mãe e educadora principal, que de nada vale orientar um filho ou uma filha a irem em busca de uma profissão, considerando inicialmente o fator da retribuição financeira, nem se o título dará status social. A remuneração digna e justa é sem dúvida importante para a subsistência própria e da família que formarem algum dia, mas, aquilo que os filhos precisam antes de tudo, é de saber qual a área profissional na qual se sentem felizes desempenhando um trabalho, pois só assim, no dia a dia trabalhando dentro da sua VOCAÇÃO pessoal, valores, interesses culturais, é que pode haver a satisfação do trabalho bem feito.

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