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sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Quando eu digo que não, mas no fundo eu deveria dizer sim.

*Por Viviane Canello

Certa vez, devido a uma perda muito grande na minha vida, que me tirou totalmente o chão de baixo de meus pés, tive uma reação inesperada,  melhor dizendo, fiquei em estado de choque.

Pois bem, após um trauma, uma decepção muito grande, o luto, isso é possível acontecer.  Neste momento começamos a nos perguntar: “meu Deus e agora?” Mas se estamos em choque, muitas vezes não aceitamos o acontecido, ou não assimilamos. Ficamos, por assim dizer, fora da realidade, vivendo um pesadelo constante. No meu caso o luto me deixou deste modo, perdi totalmente as expectativas sobre mim; só vivia numa melancolia, numa tristeza sem fim.

Podemos nos perguntar: luto tem prazo de validade determinado? Tempo de duração?  - Não, jamais, cada um tem o seu tempo. Pode durar um ou dois anos, como pode durar cinco, dez anos, como pode durar para sempre. Depende de cada um e de suas expectativas de vida, tanto para si quanto para quem vive ao nosso redor e dependem de nós e das nossas reações, para poder seguir a vida.


Como então faremos? Vamos passar a vida se lamentando? - Não, mas vamos descobrir, assim espero, num determinado momento,  que precisamos de ajuda, para sair desta situação que tanto nos prejudica e nos maltrata.

Mais uma vez entra a percepção de que eu não resolvo tudo sozinho, preciso de ajuda. Aonde vou encontrá-la? - Aconselho em 100% dos casos um bom psicólogo.  Porque ele estudou para isso, e está preparado para nos orientar, nos ajudar a encontrarmos soluções, com eles desabafamos e falamos do que nos angustia. Parece até que aquilo que dimensionávamos com irredutível, se dissolve.

É claro que serei eu a resolver o meu problema, a sair da inércia que fiquei. Mas, quem me auxilia e orienta, é o profissional que escolhemos com cuidado, que tenha estudado muito bem o assunto, para então poder nos ajudar. Devemos nos dar esta chance, buscar qualidade de vida. Vale a muito pena procurar essa ajuda, que sem dúvida alguma fará    toda a diferença para sejamos mais felizes e realizados em busca de nossos objetivos.

*  Viviane Canello Strapasson - Católica, mãe de um lindo menino, viúva, formação em pedagogia, servidora pública por um tempo, micro empresária, dona de casa.

Um comentário:

Patricia disse...

Olá, Viviane!
Que bom saber que você pôde ter o apoio de um bom psicólogo quando você se sentiu "sem chão"...sei perfeitamente como é difícil a gente prever um futuro para nós mesmas, nossa família, e por algum motivo inesperado, tudo virar de pernas pro ar de um momento para outro.

É nessas horas tão tristes que precisamos ESCOLHER: ou procuro ajuda ou não vou aguentar sozinha e os filhos se prejudicarão muito também. Mas, se a gente sente que só Deus pode nos levantar, então observaremos ao nosso redor muitas pessoas que nos compreendem, nos animam, nos ouvem, ajudam até financeiramente para podermos nos reorganizar profissionalmente e prover o sustento da família quando não estávamos preparadas para tanto. Nessas horas, Viviane, alternando tristeza profunda com o pensamento de que era preciso "se aguentar", se superar, se alegrar, pensando nos filhos pequenos com sua vida dependendo de como reagíamos à dor, nos fizemos mais fortes! Graças a Deus, as nossas amizades verdadeiras se fortalecem mais e vemos tb., como pessoas que julgávamos amigas, não o eram tanto assim.

Seu depoimento dá mais força pra quem passa por esses momentos de perda, seja de um ente querido muito próximo, de um abalo econômico profundo, ou os dois ao mesmo tempo. Se acolhemos a VONTADE DE DEUS PARA NOSSO CAMINHO, poderemos perceber que as ajudas que nos dão nesses momentos, tão difíceis, são como canais do amor de Deus para nós.

Um grande abraço, Viviane, e parabéns pela força com que superou suas dificuldades, pois tudo isso servirá de exemplo para a vida de seu filhinho que a AMA MUITO!
Pat

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