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quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Ser “pãe”

Por Jaqueline Melo*

Escrever sobre a paternidade é algo inusitado para uma mãe! Porém, por motivos de trabalho do meu esposo, estou tendo que experimentar um pouco dessa “paternidade improvisada”. Logo eu, que costumava dizer - sem nenhum tipo de modéstia - que ser pai seria um improviso de ser mãe, já que a mãe seria a figura mais importante para a vida das crianças e também seria a função mais importante do mundo! Pois é, mas nesses meses em que eu estou tendo que ser pai e mãe eu notei que ser pai não é algo tão simples assim, pelo contrário, é algo muito complexo! Como brincar e divertir as filhas como só ele sabe fazer? Como dar bronca no tom certo, e tocar o dedo na ferida a ponto de fazê-las refletir sobre a besteira que fizeram, sem que seja preciso gritar ou se descabelar? Como suprir essa carência do carinho de pai, e reter os olhares delas ansiosos pela sua chegada e pelo barulho da chave na varanda?

O sentimento de assistir o sofrimento delas com a ausência paterna e também de vê-las eufóricas quando o veem chegar e o correm para abraçá-lo é algo que realmente eu nunca experimentei como mãe!

Deus, na Sua infinita bondade, quis dar ao seu Filho Unigênito um pai e uma mãe. O próprio Deus nasceu no seio de uma família, a Sagrada Família. E quão difícil teria sido para a Virgem Maria, dar à luz ao Seu Filho, sem São José ao seu lado? Como Ela teria desempenhado seu papel de mãe do Redentor com tanta perfeição, se não tivesse o amparo, a dedicação e a proteção do pai adotivo de Jesus?

Penso que para as muitas mães que educam seus filhos sem a presença de um pai talvez essa seja a dupla função mais edificante que existe - e também a que mais requer esforço e dedicação, já que são sentimentos tão diferenciados e tão complementares que se encaixam com perfeição para atender às necessidades dos filhos que desejam e precisam do colo, da palavra, da bronca, da brincadeira, da sabedoria, do carinho e do amor paternos.

Que bom seria que todas nós mães reconhecêssemos o real valor que essa “figurinha” tem para nossos filhos. O valor que eles têm e que terão sempre na vida deles é algo que jamais poderemos orçar nem pagar!

Agradeço a Deus por saber que esse momento de ser “pãe”, pai e mãe para minhas filhas vai passar logo! Agradeço também a força que tem me dado para tentar suprir a falta que ele faz para elas! Agradeço e ofereço como mortificação todo esse tempo de muita saudade e de muito aprendizado, pedindo a Deus que ilumine todos os pais e que dê a eles a sabedoria e a graça de sempre poderem amar e educar seus filhos e estarem junto deles em todos os momentos de suas vidas!

Feliz dia dos pais!

*Jaqueline de Oliveira Costa de Melo - carioca, casada, mãe de 2 filhas, professora de religião, administradora, projetista, vendedora, dona de casa, bordadeira e costureira nas horas vagas.


Um comentário:

Unknown disse...

Feliz é o homem que tem uma família! Feliz aquele que levanta suas mãos pro Céu e sabe agradecer a família que tem. Eu posso dizer que tenho na minha esposa e minhas filhas como base na minha vida, como um presente de Deus! Obrigado Senhor por saber que eu tenho pessoas que me amam e que me esperam toda sextá feira e que chora quando no domingo quando tenho que ir. Saibam que amo muito vocês! !!!

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