Por Luciana Nóbrega*
A educação singular ou “single sex”, como é mais conhecida, consiste em um modelo pedagógico, em que, a partir do ensino fundamental até o ensino médio, meninos e meninas estudam em escolas separadas. A educação singular permite uma real igualdade de oportunidades dos alunos, sem limitar as suas capacidades nem condicionar as opções de futuro para meninos e meninas. Além disso, há uma personalização da educação adaptando-se aos estilos de aprendizagem de meninos e meninas.
A educação singular ou “single sex”, como é mais conhecida, consiste em um modelo pedagógico, em que, a partir do ensino fundamental até o ensino médio, meninos e meninas estudam em escolas separadas. A educação singular permite uma real igualdade de oportunidades dos alunos, sem limitar as suas capacidades nem condicionar as opções de futuro para meninos e meninas. Além disso, há uma personalização da educação adaptando-se aos estilos de aprendizagem de meninos e meninas.
A biologia nos mostra que a evolução dos meninos e das meninas, tanto física como psicologicamente é totalmente diferente - ou seja, um menino de 12 anos continua sendo um menino, enquanto uma menina da mesma idade é praticamente uma mulher. A educação diferenciada, nesse sentido, acerta ao se adaptar aos tempos de cada um dos sexos, ao tratar um menino ou uma menina de acordo com suas características, seu processo de aprendizagem, seu processo evolutivo etc.
O mundo tem assistido a um aumento significativo do número de escolas do mesmo sexo. O crescimento ocorre, principalmente, pelos bons resultados escolares obtidos por alunos dessas escolas nos Estados Unidos e na Inglaterra. No Brasil, a volta da educação diferenciada nos ensinos fundamental e médio ainda é pouco conhecida e vista com cautela em muitos setores – apesar de o país já ter 503 instituições, segundo o Ministério da Educação.
1- Igualdade de oportunidade para meninos e meninas: este modelo de organização escolar oferece, para meninas e meninos, as mesmas oportunidades educativas, ou seja, o mesmo currículo, a mesma exigência acadêmica, a mesma qualidade de instalações escolares e um corpo docente qualificado.
2- Melhora o clima escolar: a educação singular oferece aos alunos um ambiente de aprendizagem livre de pressões sociais, estereótipos e convencionalismos. Assim ambos os sexos podem explorar com mais autoconfiança os seus pontos fortes e relacionar-se com os âmbitos acadêmicos de uma maneira mais desinibida, ou seja, na alfabetização, por exemplo, a parte do cérebro destinada às habilidades linguísticas permite às meninas mais facilidade para ler e escrever nos primeiros anos escolares. Os meninos requerem uma atenção diferenciada, fazendo com que, em uma sala mista, as comparações sejam inevitáveis.
3- Facilita o sucesso escolar: alguns países como Estados Unidos, Austrália, Grã-Bretanha, Alemanha, Noruega e França introduziram experiências e/ou programas específicos de educação singular como meio para reduzir o fracasso escolar e melhorar os resultados acadêmicos entre os meninos. Os dados publicados pelos organismos internacionais refletem que o componente sexual é determinante nos números do fracasso escolar, cada vez maior entre os rapazes, com especial incidência em países como: Malta (38,9%), Espanha (31%), Portugal (28,2%), Islândia (22,2%) e Itália (21%).
A educação singular, ao respeitar os ritmos de maturação e os estilos de aprendizagem de meninos e meninas, consegue bons resultados acadêmicos, contribuindo para a redução do fracasso escolar.
4- Para a excelência acadêmica: a educação singular não só pode ajudar a reduzir o fracasso escolar como também melhorar o rendimento dos alunos. Os bons resultados acadêmicos são um dos motivos pelos quais as famílias escolhem a educação singular.
5- Amplia as opções profissionais: a educação singular revela-se efetiva para a liberdade pessoal na assunção de papéis considerados próprios do outro sexo, minimiza os estereótipos e abre a porta à escolha de matérias consideradas tradicionalmente de “meninas” ou de meninos”, com menos pressões sociais.
Algumas pessoas podem questionar se essa separação não dificultaria a convivência com o outro sexo; a resposta é não, pois a escola representa, em geral, apenas 25% da vida social de um estudante. Se uma criança ou adolescente pertence a uma família saudável, ele não deixa de frequentar outros ambientes – esportivos, sociais etc., nos quais acaba tendo contato com o outro sexo.
Fonte: www.solarcolegios.com.br
Luciana Nóbrega,* católica, bióloga, atua como coordenadora de estudos, casada com o Emerson e mãe da Catarina. Adora cozinhar, viajar e passear com a família.
Um comentário:
Muito interessante o texto! Não havia parado para pensar o quanto essa educação singular poderia trazer de benefícios tanto aos meninos quanto para as meninas! O que é certeza mesmo é que, principalmente na infância e adolescência, a convivência entre os gêneros é muito diferenciada e complicada no sentido de que um sempre tenta ser melhor, mais esperto, mais inteligente do que o outro e, nem sempre essas disputas são suficientemente saudáveis! Parabéns Luciana! Texto ótimo e muito claro!
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