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terça-feira, 17 de junho de 2014

Os filhos e a construção da família

Em toda construção a maior preocupação é com os alicerces. Se a base é firme, bem planejada, já é meio caminho andado para o sucesso do prédio que será erguido. Assim é com a família - o casal, bem afinado e  que se amam, sempre buscam o bem um do outro. Isto é, forma o ALICERCE, a base do lar.

A saber, que: Beleza, Saúde e Sexo não duram para sempre, logo não podemos pensar em colocar estes itens como parte do alicerce, da base de um casamento. O que dura é o que construímos juntos e o que nos deixa unidos. Por exemplo, buscar ter coisas em comum, entre o casal. 

Este tema é muito complexo, e só dei estas pinceladas, para introduzir o assunto  dos filhos num lar bem alicerçado.

A chegada de um filho é uma nova fase na vida do casal – quando os filhos devem ser um transbordamento do amor entre os dois. Eles chegam e com certeza trazem mudanças, adaptações e renúncias. E vai exigir de nós maior responsabilidade.

Filho não é um doce, ou brinquedo que possa ser descartado, quando cansamos. Eles vão nos levantar a noite com choros, com fome, teremos de mudar o sono pesado de um dos pais, ou sempre será um jogo de empurra, o que gerará atritos.

Eles não são propriedades nossas, eles entram na nossa vida e nós é que vamos nos adaptar a eles, sem pensar em cobranças no futuro, do tipo: “fiz tudo por você pra você cuidar de mim na velhice”, ou “pra ter uma companhia, ou para preencher um vazio entre o casal”. Vamos precisar adaptarmo-nos a novos horários, novos tipos de programas e saber que isso faz parte do pacote e vamos passar a gostar disso.

Vamos sempre precisar renunciar a algo em favor de coisas maiores – como disse tão bem Cecília Meireles em seu poema: “ Ou isso ou aquilo” .“Ou se tem chuva e não se tem sol,/ou se tem sol e não se tem chuva!/ É uma grande pena que não se possa/ estar ao mesmo tempo nos dois lugares! / Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo.../e vivo escolhendo o dia inteiro!/ Não sei se brinco, não sei se estudo,/se saio correndo ou fico tranquilo”.

É natural termos que escolher sempre entre dois bens, e com os filhos não será diferente. Escolhemos entre um ou outro namorado para casar; escolhemos entre uma profissão e outra tão boa quanto; escolhemos fazer MBA ou pós-graduação na França; escolhemos ter 1 filho ou um carro novo, escolhemos ter 1 filho ou vários filhos... Em cada escolha sempre estaremos renunciando algo, faz parte da vida. E, com os filhos não será diferente, enquanto são pequenos vão precisar mais ainda das nossas renúncias.

É bom que tenhamos em mente que os filhos não permanecem pequenos e dependentes, por muito tempo, pelo contrário; crescem rápido e quando menos esperamos estão “enormes”; por isso mesmo faz-se necessário estarmos atentos a estas mudanças para nos adaptarmos as novas situações,  neste caso as renúncias já serão outras. Quando o filho adolescente quer estar com os amigos e vamos ter que renunciar a sua presença, em favor dele estar feliz longe de nós.

Assim vamos construindo nossas famílias com bases bem sólidas, para sustentar todos que ali vivem. Com uma grande dose de amor em tudo o que fazemos.

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