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quinta-feira, 5 de junho de 2014

Morar com filhos casados

Depois que li uma piadinha inocente na internet comecei a meditar sobre o assunto.

Já dissemos aqui que, “quem casa quer casa longe da casa onde casa”, mas, se é inevitável que a filha ou o filho more com a mãe, (vale para o pai também), que esta tenha bastante cuidado para não invadir a privacidade do casal. Toda família precisa da sua identidade e das suas diretrizes para que tenha sucesso e continue na sua jornada para o futuro.

A sabedoria esta em que a sogra/mãe, tenha vida própria, mesmo morando com o casal. Faça seus programas sozinha, tenha uma rotina independente, e, na medida do possível ajude nas tarefas da casa e com os netos, mas que isso não seja só tarefa sua. Apenas ajude.

Aquela mãe que vive falando nos ouvidos da filha, que seu marido é um molenga, um preguiçoso, um bruto, um incapaz, etc e tal; ou do filho, que sua mulher é desorganizada, implicante, descuidada com a aparência, que trabalha fora mas não cuida da casa, que nem sabe cozinhar, que gasta mais do que precisa, só estará contribuindo para o afastamento do casal; e, se o casal for inteligente, a contribuição será para o afastamento dessa mãe/sogra.

Nada pior do que alguém ao nosso lado para acentuar os defeitos do outro, ainda mais se esse outro é o nosso marido ou a nossa mulher. A pessoa que escolhemos para estar junta de nós pelo resto das nossas vidas. Com seus defeitos e suas qualidades.

Mães com filhos casados, coloquem-se em seus lugares; do casamento em diante, sua filha tem nova família, mas estará dividida entre  satisfazer aquela quem a pôs no mundo, e o marido a quem tanto ama. E, seu filho estará igualmente dividido entre continuar recebendo os mimos da mamãe e a esposa que ama de forma diferente, porém, um amor sem limites.

 “E vós, pais, não provoqueis à ira a vossos filhos” -  Efésios 6:4 -  A palavra “provocar” significa irritar, exasperar, mostrar de forma errada, incitar, e é exatamente isso que a mãe/sogra deve evitar sempre, com muito cuidado. Essa atitude de provocar, resulta de um espírito irracional, e autoritário com restrições desnecessárias e insistência egoísta em relação à autoridade, que já não tem mais. Todas as  provocações nesse sentido resultarão em reações adversas, murchando o afeto, fazendo com que a  filha ou o filho sinta que não pode, de modo algum, agradar mais a mãe mediante amor e gentileza, e afaste-se dela.

Vamos observar nossos limites e ter a capacidade de recuar, sempre que percebamos uma invasão de nossa parte, na intimidade do casal, ou em qualquer assunto que vá criar desavenças.

3 comentários:

Patricia disse...

Liana, meu maior "sonho de consumo TERRENO" é que Deus me deixe ter o meu cantinho independente de filhos até ficar bem velhinha! Não peço isso com ganância de possuir, ou de mostrar "independência", apenas, porque sei o dano que essa convivência MAL VIVIDA causa nos filhos. Tivemos esse problemão na nossa família, quando eu ainda era pequena.

Hoje em dia consigo entender o sofrimento da minha avó paterna...ela, perdendo tudo, inclusive AUTORIDADE. Rezo muito por ela, coitada, que não conseguia ver o esforço que o filho, a nora, netos e outros parentes próximos faziam para conseguir uma melhor convivência.

Rezo muito por ela, sabendo que certos tipos de comportamento anti-social fazem parte de doenças, o que deve ter tido o perdão de Deus, pois só ELE sabia o porquê da situação. Com certeza, tanto ela quanto nós todos da família, em algum momento especialmente mais difícil armazenamos alguns méritos pra quando for nossa vez de VOLTAR PRO LAR!

Felizmente, do lado materno tivemos uma avó muito equilibrada e bondosa, que morava na sua própria casa, bem próxima à nossa, e que parecia a "Dona Benta" do Sítio do Pica-pau Amarelo"! A ALEGRIA EM PESSOA, apesar do "nulla die sine cruce"...

Liana Clara disse...

Por isso patrícia é que precisamos nos policiar sempre, quando estamos na casa dos filhos.
Nao podemos ser um esforço para o casal.

Patricia disse...

Liana, pensando nisso que você disse, pra gente nunca virar um "esforço" na casa do casal,lembrei de pedir a eles pra por favor me deixarem dormir na sala durante esse quase mês todo da agosto em que visitarei meu filho e futura/provável nora, para que eles não saiam do próprio quarto como pensaram fazer, pra me dar mais conforto. Graças a Deus, Liana, acho que meu filho entendeu que eu só estou pensando em não desaloja-los por tanto tempo: 1 mês é DEMAIS pras pessoas ficarem fora do seu próprio quarto. Como estarei de férias e eles não, acredito que terão muito mais satisfação com minha visita, se puderem continuar dormindo sossegados na sua própria cama, pra poderem trabalhar bem descansados!

Essa foi minha sugestão, que espero, os dois concordem para seu próprio conforto. Mas...se por qualquer motivo não concordarem, achando que ficarei mal-acomodada, fico de bico calaaaaaaaaaaaaaaaado e faço exatamente o que ELES QUISEREM!

Sogrinha boa, é mudinha, e só SORRISOS!

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