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terça-feira, 10 de junho de 2014

Educar o filho para o mundo virtual tal como se fosse para o real.

A educação para o mundo virtual deveria ter a mesma atenção que tem a educação do mundo real. A autora de livros e colunista da folha de São Paulo, Rosely Sayão, ressaltou a importância de educar os filhos para que eles “possam caminhar com as próprias pernas”.

Os responsáveis por esta educação dos filhos, para que tenham uma visão consciente da sexualidade, são os pais em primeiro lugar e deveriam contar como grandes aliados nesta árdua tarefa, os professores. É necessário auxiliar o adolescente para que possa refletir, questionar, contestar; para poder  trilhar o melhor caminho tanto na vida real como na virtual.

Educar, deve ser ensinando a reconhecer os próprios limites, a reconhecer qual é o seu papel na sociedade, e exercê-lo com dignidade. Saber que o sexo é natural, que pode dar prazer, mas que, para que isso aconteça é preciso maturidade e responsabilidade.

O ponto de partida para uma internet segura é reconhecer que as regras, sob as quais você vive no mundo real se aplicam também no ciberespaço. Para educá-los no mundo virtual temos que ensinar também a não falar com estranhos, como fazemos no real; temos que saber quem são seus amigos.

A ideia de lutar contra um computador para ter uma Internet segura em casa não parece animadora para muitos pais. Com o aumento da insegurança social e da violência nas ruas, muitos pais optam e preferem incentivar outros meios de diversão para os filhos, investindo em atividades de lazer, por meio das quais eles possam manter os filhos em casa. Decorrente disto, a televisão, os filmes e o videogame, a internet, aparecem como "babás eletrônicas", características da era pós-moderna.

Para o psiquiatra infantil e escritor de vários livros entre eles “Quem ama educa”, Içami Tiba, o problema da violência nas escolas — seja ela virtual ou real — tem suas raízes em casa, com a falta de limites. Segundo ele, soltar as rédeas, muitas vezes é uma atitude decorrente de um sentimento de culpa dos pais pela ausência e falta de tempo para os filhos. “Querer compensar a falta de tempo fazendo todas as vontades dos filhos é uma armadilha. Essas crianças vão crescer sem aprender a respeitar o outro. Se elas fazem o que bem querem em casa, vão levar essa experiência para a escola”, afirma. Os pais são as primeiras vítimas da má educação dos filhos. “Quando o filho tem um comportamento inadequado em casa e os pais não interferem, eles automaticamente dão poder para que essa criança continue agindo assim não só em casa, mas na escola e em outros meios”, diz. Influência da turma.

A psicanalista paulista Andreneide Dantas diz que, na adolescência, é comum que os filhos queiram fazer parte de um grupo, e isso implica adotar as atitudes dessa turma. “São as tais companhias, das quais os pais têm tanto medo. Ter amigos é saudável, mas o perigo aparece quando o adolescente adota comportamentos impostos pelo grupo, sem discernir se aquilo é bom para ele. Nesse ponto, é fundamental que os pais participem da vida de seus filhos”, afirma.  “A ideia de que o pai tem de ser amigo do filho é muito perigosa. Amigo a gente xinga, briga. O pai tem de ter autoridade”, diz. Ela vê na falta de comunicação e de limites que muitos jovens encontram em suas relações familiares as razões para os casos de agressão entre estudantes. Hoje, essa criança pratica uma violência contra um colega. Amanhã, se continuar sem limites, pode atear fogo num índio”.

Para o psicanalista José Renato Avzaradel, a agressão virtual é tão nociva e perigosa como outras formas de violência. Mas justificar tais ações como expressão da violência da sociedade, abandono ou agressividade dos pais, é negar, segundo ele, a violência humana.  E se há criação de sites pornográficos nas aulas de informática, a escola deve responder por isso e, segundo ele, até mesmo os professores que são igualmente responsáveis. Os pais devem cumprir sua função de educadores e exigir que a escola proteja seu filho enquanto ele estiver sob sua responsabilidade.

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