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terça-feira, 31 de maio de 2016

Mãe e Profissional

Por Manu Freitas
Qual mulher nunca se viu cercada de atividades e prazos a cumprir? Realizar várias funções ao mesmo tempo faz parte do cotidiano de todas as mulheres. Pesquisas comprovam que ser multitarefa é característico do gênero feminino. Executar diversas atividades simultaneamente é um processo natural, e gradativamente a mulher passa a desempenhar papéis que vão se acumulando. Ao casar, automaticamente passamos de filhas a esposas e donas-de-casa.

Se estes novos papéis, por si só, já trazem uma carga de responsabilidades determinantes para o pleno andamento do lar, quando nos tornamos mães o universo de tarefas a serem executadas aumenta em proporção exponencial. O tempo da licença maternidade faz-nos sentir super mães, supermulheres. Conseguimos acompanhar todos os movimentos e descobertas do bebê sem descuidar da casa. Porém, com a proximidade do fim da licença, o pesadelo do afastamento do rebento, mesmo que por algumas horas, faz surgir uma possibilidade antes nunca cogitada: parar de trabalhar.
Sim, as esposas, donas-de-casa, mães E profissionais, certamente já se viram nesta situação. A revista Crescer realizou uma pesquisa, onde 62% das mulheres entrevistadas responderam que parariam de trabalhar se fosse possível. Ou seja, é normal cogitar esta possibilidade, e mais normal ainda, logo em seguida, se imaginar apenas cuidando da casa e dos filhos e desistir de pedir demissão. O sentimento de que sempre estamos devendo algo a alguém quando se é esposa, dona-de-casa, mãe, profissional E estudante (a lista continua crescendo...) é natural, pois queremos ser excelentes em tudo, e, além disso, trabalhar em algo que nos realize; tudo sem deixar de estar lindas!
Imaginar que podemos ser excelentes esposas, donas-de-casa, mães, profissionais realizadas, estudantes aplicadas, lindas E amigas presentes é o sonho de toda mulher, mas... precisamos aceitar as nossas limitações, do contrário a frustração ao confundir excelência com perfeição pode trazer consequências de grandes proporções.
Não somos perfeitas, e nunca seremos. Podemos achar que somos capazes de fazer tudo, porém efetivamente nada sairá como imaginamos, porque a vida real não é novela. Somos limitadas, e neste ponto o papel do marido-pai é essencial. Dividir as tarefas não torna a mãe menos mãe, pelo contrário, pois menos sobrecarregadas estaremos mais inteiras para nos dedicarmos com empenho ao que pretendemos fazer.

Nada pior do que levar trabalho para casa, ou os problemas de casa para o trabalho, porém estas são situações que podem acontecer, mas de forma alguma podem se tornar rotineiras.
A organização é a palavra chave para uma rotina saudável. Toda mulher necessita de um momento só seu. Ir ao salão fazer as unhas, arrumar o cabelo ou simplesmente tomar um banho demorado e passar creme no corpo com calma são ocasiões que não podemos abrir mão, pois antes de tudo não podemos esquecer a nossa essência, o cuidado conosco. Se descuidarmos de nós enquanto mulheres, poderemos cair no erro de culpar os demais por nossas frustrações, angústias e renúncias, quando em momento algum nos foi imposto abdicar da nossa individualidade.

2 comentários:

Patricia Carol disse...

Puxa! Super interessante Reflexão! Tem as partes mais sérias das responsabilidades acumulando sempre, mas sem deixar completamente de lado o LÚDICO. Foi uma leitura relaxante!Obrigada à autora e excelente "escritora"desse artigo.
Abraço,
Patricia

Liana Clara disse...

Olá Patricia, essa autora é uma mãe de três lindos filhos, e que trabalha fora. Ela é fantástica, consegue se desdobrar e dá conta de tudo. Desde as festinhas para as crianças até o cuidado detalhado com a alimentação de cada um, sem deixar de ser uma ótima esposa e boa profissional.
Um grande abaço

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