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quinta-feira, 19 de maio de 2016

Insônia de mãe

Hoje tenho muita insônia, mas já tive muito sono e não pude dormir. Ora porque um filho adoecia, ora porque as preocupações por cobri-los me levava a várias rondas noturnas, para ver se estava tudo bem, para evitar as doenças, e até mesmo para aprontar algum serviço da casa, ou preparar uma festinha de aniversário de alguma das crianças. 

Hoje, quase todos criados, começam as outras preocupações, quem saiu quem vai chegar tarde, como está fulano, o que posso fazer pra ajudar; assim sendo
o bendito sono que tanto me atormentou na juventude foge sorrateiramente dos meus olhos. Ironia da vida.  Agora posso, mas não encontro ele com tanta facilidade. Foram os vícios dos excessos de cuidados?

Que seja. Não me arrependo por tê-los. 

Houve tempo em que nas rondas noturnas, eu ficava observando cada um respirar. Estavam vivos! Serenos, o que era melhor ainda. Acho que era a melhor hora para estar com cada um, curtir aqueles rostinhos queridos e poder verificar o quanto estavam crescendo, prometendo serem pessoas de bem.

Pena que isso não fica na memória dos nossos filhos. Eles sempre vão achar que podíamos ter demonstrado mais o nosso amor de mãe, a cada um. 

Como já disse o Collor na época de seu impeachment: o tempo é o senhor da verdade e da razão - Um ditado antigo de grande sabedoria. Espero que este tempo mostre a cada filho o quanto sua mãe os ama, e eles compreendam o porquê das diferentes formas como cada um foi tratado. Com certeza toda mãe busca corrigir seus filhos para que se tornem adultos bem resolvidos.

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