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sábado, 1 de agosto de 2015

Pais, contem-nos...

Recebi essa entrevista de uma amiga que encontrou na internet, e publico aqui uma parte.

Daniel Plazek é um gestor de vendas natural de Pittsburg, Pensilvânia (Estados Unidos). Ele e a mulher, Luisa, têm sete filhos, de idades compreendidas entre os 12 e os 26 anos.

Fale-nos um pouco de si e da sua família.
Nasci e cresci em Pittsburg, Pensilvânia. De sete irmãos, sou o do meio. Fui educado pelos meus pais na Igreja e tive uma vida simples… as nossas férias consistiam, quando muito, em visitar os avós em Milwaukee, Wisconsin. Parecia-me tão distante e exótico!
Graças à divina providência, conheci a Luisa, que viria a ser minha mulher, quando estudava na Universidade de Pittsburg. Ela era de uma família numerosa. Estava a especializar-se em Engenharia Eletrotécnica, e faltava-lhe um ou dois anos para se formar quando casámos. Tomou a valente decisão de deixar os estudos de engenharia e fazer um doutoramento em ser mãe a tempo inteiro. Estamos casados e felizes há 31 anos e temos sete filhos de idades compreendidas entre os 12 e os 27 anos (três filhas maravilhosas e quatro talentosos filhos). Continuamos a viver em Pittsburg e encanta-nos ter o Seminário Católico Bizantino como vizinho do lado. Fomos verdadeiramente abençoados com a possibilidade de a Luisa ficar em casa e poder educar os nossos filhos. Sou testemunha diária dos frutos do seu trabalho no crescimento dos nossos filhos.

A que se dedica profissionalmente e como concilia a sua profissão com o facto de ser pai?

Durante os últimos 16 anos tenho trabalhado como gestor de vendas para uma empresa que desenha e produz testes e simulações de equipa aeroespacial e outras indústrias. Este trabalho tem-me obrigado a viajar e estar longe da minha família. Tem sido duro. Contudo, tenho a certeza de que a vocação que Deus tem para mim é a de ser o provedor e protetor da minha família. Resultado: o meu casamento e a experiência como pai fortaleceram-me e tornaram-me melhor no que faço no meu trabalho.
Como vê o seu papel de pai em relação aos filhos?
Durante estes anos, houve alturas em que me sentia mais como motorista para os meus filhos do que como pai. Regressava a casa, vindo de fora, e passava as tardes e os fins-de-semana a levá-los de carro de aqui para ali. Mas olhando mais profundamente posso concluir que as nossas pequenas conversas no carro à ida e no regresso do futebol, da lacrosse, do campo de hóquei, basquete, etc. todas foram oportunidades de ensinar, amar, compreender e ajudar os meus filhos.
O que mais faço é rezar, e deste modo mostro-lhes um exemplo de como todos devemos viver do Evangelho, apoiando e amando a Igreja Católica e vivendo em obediência ao plano que Deus tem para nós. Embora seja imperfeito, confio na graça do Espírito Santo e no amor e paciência da minha mulher para me ajudar a lutar por ser melhor pai e marido.

Após quase 30 anos de experiência, que conselhos pode dar aos pais jovens?
Após 30 anos de casamento abençoado, continuo a cometer erros e a aprender com eles. Mas a traços largos, ofereço uma lista de conselhos:

1) Considera Deus como centro da tua vida; no teu casamento, família e trabalho diário.
2) Ele deu-te uma Igreja: utiliza-a, participa nela, beneficia dela.
3) Acolhe os Sacramentos. Todas as graças que derramam te fortalecem.
4) Rezem juntos em família: mesmo uma pequena oração ao sair de casa num dia ocupado é boa e saudável.
5) Cumpre todos os dias as obrigações do teu casamento; amar e estimar-se um ao outro. Nem sempre é fácil e divertido. Haverá ocasiões em que te sentes ferido ou feres aquele que amas. Quando isso acontecer… olha para os pontos 1, 2, 3 e 4.
6) Descobre a tua Fé, lê as vidas dos Santos e procura que os teus filhos as aprendam em casa e numa escola católica, se possível. As pessoas perguntam: Como alimentar um milhão de crianças com fome? … Uma por uma. Como converter o mundo?… Família por família… começa em casa.
7) Todos os problemas, critérios e adversidades que este mundo te lançar são controláveis com a ação de Deus na tua vida.
8) Finalmente, como nota prática, mais do que não viver acima das tuas possibilidades, vive ABAIXO delas. Ficarás surpreendido com o que podes fazer, e sentir-te-ás abençoado não só por ter um pouco mais de poupança no banco, mas também por teres possibilidade de ser mais caritativo.

Qual é a sua parte importante em ser pai?

Não tenho a certeza de poder dizer que haja uma parte importante em ser pai. Juntei tantas experiências e recordações enquanto os meus filhos cresciam: receber nos braços o filho recém-nascido, adormecer enquanto lês histórias, todas as festas de aniversários que a mãe magicamente organizou no mesmo dia, os Batizados, simples excursões familiares ao campo, disfrutar de jantar juntos em família, rir às gargalhadas enquanto jogamos jogos de mesa, as primeiras Comunhões, o primeiro dia de colégio, subir para um trenó, ensiná-los a conduzir, treinar as suas equipes e até as viagens para a urgência do hospital. Embora cada filho seja uma bênção única, por vezes parece que tenho uma grande recordação de bebés em que todas as recordações dos diferentes filhos se fundem numa jubilosa recordação familiar.
Suponho que é a paternidade no seu todo que constitui a melhor parte. Ajuda-me a ser melhor servidor, melhor marido, melhor cristão, melhor pessoa.

Um comentário:

Pat disse...

Lindíssimo depoimento!!! Faz bem pra alma ver como se amam de verdade tantas famílias!
Bjo,
PatFELIZ

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