Os meus meninos voltaram às aulas há quase duas semanas e, por incrível que possa parecer para algumas mães, eu ainda não consegui me acostumar com a ausência deles, durante as manhãs. Os primeiros dias, então, foram bem esquisitos! Até a caçula estranhou. Ia de cômodo em cômodo, a procura dos irmãos e, por fim, corria para a porta da casa, querendo abri-la.
As férias foram ótimas! Agitadas, divertidas e, em alguns momentos, caóticas! (Risos). Confesso que, em certas ocasiões, contava os dias para o reinício das aulas! Mas, na última semana da folga escolar, o meu coração já começou a ficar apertadinho... Coisas de mãe!
A verdade é que eu amo a casa cheia! Entrar em um quarto, na sala, cozinha e dar de cara com um dos filhos. Vê-los brincando no meio do corredor ou me chamando, com o sonoro e doce: “mamãe”! E o que dizer dos inúmeros abraços e beijos lambuzados?! Delícias do dia! Claro que, muitas vezes, o rojão me deixa exausta, mas prefiro esse cansaço do que qualquer outro! Chegar ao final de um dia difícil sabendo que gastei as minhas forças, energia e paciência na melhor parte da minha vida – minha família –, deixa o meu coração feliz e com a maior sensação de dever cumprido do mundo!
Eu gosto tanto desse ritmo que até produzo melhor na correria! Isso explica o fato de ainda não ter conseguido retomar a rotina de antes, como comentei no início. A casa quase vazia e meio silenciosa pode ser relaxante por um dia, especialmente quando necessito de uma pausa para descansar; mas não diariamente! Tanto silêncio me desconcentra! (Risos). Loucura? Eu diria, costume.
Os meus filhos me ensinaram a ser mais objetiva, prática e a manter o foco em meio a movimentação cotidiana. Eu me acostumei a ser interrompida diversas vezes, entre as várias atividades, e continuar a executá-las, sem problema – talvez até melhor e com mais atenção do que se tivesse feito ininterruptamente. Aprendi a realizar várias coisas – algumas delas, ao mesmo tempo – em um curto espaço de tempo. Então, deparar-me com tanta tranquilidade me deixa meio perdida! (Risos). “O que fazer com tanto tempo livre?”, eu me pego pensando. E nessa de “tanto tempo livre”, tenho feito menos coisas do que antes!
Chega a ser hilário! Este texto é um grande exemplo disso. Eu tentei escrevê-lo de manhã, quando tudo está mais calmo. Consegui? Não! Estou escrevendo de tarde, com as três crianças em casa, ensinando a tarefa de um, dando o lanche do outro e distraindo a pequena! (Risos).
Mas, longe de querer ser enaltecida com os famosos clichês: “você é uma heroína”, “supermulher”, “nasceu para ser mãe” e por aí vai; meu maior orgulho é constatar o quanto a maternidade me fez e me faz bem! Sem falsa modéstia, afirmo que estou anos-luz de ser perfeita, mas encontro nos meus filhos e esposo a grande motivação que preciso para me esforçar sempre mais, todos os dias, por amor eles. Como já disse, a minha família é o que tenho de melhor, portanto, para ela, o meu melhor, sempre!
Um comentário:
LINDO LINDO LINDO! Deus te abençoe MUITO e aos teus queridos!!!
Faz bem ao coração da gente, Raquel, compartilhar esses sentimentos tão puros e felizes, dessa tua VERDADEIRA VOCAÇÃO DE MÃE/AMIGA; que saudades daqueles tempos corridos com as crianças!
Abração apertado,
Pat
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