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sábado, 28 de fevereiro de 2015

Sou peça de museu?

Pronto! Declaradamente posso ser arquivada e posta num museu: a última das filhas, a caçula não precisa mais de mim. Já pode ir e vir sozinha, a pé, de ônibus ou metro. Por mais que eu relutasse este momento chegou, não da mais pra negar essa evidência, ela cresceu e já pode seguir sozinha.

Não é verdade que uma mãe fique obsoleta porque seus filhos cresceram e já caminham com seus próprios pés. Nos mães vamos ser sempre necessárias para nossos filhos, o nosso trabalho pode diminuir muito, mas os nossos cuidados, carinhos e preocupações não vão terminar nunca.

Eu comecei a pensar em curtir essa calmaria de não ter que sair cedinho toda manhã para levar filhos nas escolas, passei a imaginar o que fazer de novo para ocupar o tempo, sem que todos percebam essa sobre de tempo, pois logo arrumarão tarefas para mim.

Com certeza o mais velho chegará com suas ideias mirabolantes: “mãe que tal fazer um curso de Design Gráfico”, ou “você poderia entrar para faculdade de gastronomia” ou “que tal viajar para o México, Cancun?"

Outra logo dirá: “mãe você agora poderia me levar e buscar na faculdade, esta sem o que fazer mesmo". Depois virá um e pedirá o carro emprestado, porque ficará sem uso na garagem. Terei aquela que dirá: "agora aproveite o tempo e cuide-se”, "quem sabe começa a fazer umas caminhadas?”.

Cada um a seu modo mostrará sua preocupação de eu não ficar sem uma função, e deixará claro que preciso me mexer e a função de mãe não termina nunca.

Precisamos lembrar de que este é o momento de aumentar o carinho com o marido, buscar atividades conjuntas para aumentar a união com o casal. Quanta coisa boa podemos fazer quando nos sobra tempo e quando nos sentimos desnecessárias. Basta olhar a volta de nós, com olhos de servir que logo as ideias vão borbulhar.

2 comentários:

Patricia disse...

Lindo! Essa ideia de como solucionar o "problema"(????delícia!) de termos tempo "de sobra" só poderia mesmo ter vindo de uma super mãe, que já desconfio quem escreveu o post. Mas, quem quer que seja, podemos nos lembrar tb. das mães viúvas com filhos criados: o que podemos fazer? Se não tivermos nenhum doentinho da família a quem possamos ajudar com tarefas do dia a dia, sempre haverá uma vizinha ou amiga que poderia se beneficiar com uma visita nossa, convite para almoçar juntas uma tarde fixa na semana, ou outra atividade, mas com a intenção de não só ocuparmos o nosso tempo disponível, mas especialmente, para AJUDAR às pessoas em volta, que muitas vezes pensam em não nos "incomodar", mas que só precisam mesmo de COMPANHIA, CONSELHOS, OUVIDOS DISPOSTOS A ESCUTAR SUAS DÚVIDAS, etc...qualquer que seja a idade dessa pessoa.

Abração para a MÃE que escreveu este post!
Pat FELIZ

Liana Clara disse...

Querida Patricia, ao voltar de viagem, 15 dias longe dos filhos, percebi que ainda sou bem necessária, todos me cobriram de mimos, foi muito bom!
Sou ideias complementam muito bem, para não nos sentirmos peças de museu.
Beijos

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