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quarta-feira, 18 de junho de 2014

Pensando no planejamento familiar

A família é uma micro empresa (algumas maiores), mas com a vantagem de que todos se amam de fato e com a ajuda de Deus tem tudo para dar certo. Por ser “empresa” é necessário fazer como tal e planejar, antecipando-se, na medida do possível, para que as coisas aconteçam como queremos, a curto/médio/longo prazo. Como contamos com pessoas, vamos precisar corrigir o a rota dos sonhos e desejos em muitas ocasiões.

É bom fazer planos para o ano, para avaliar despesas, economias, viagens, cuidados com a saúde, etc. Mas sabemos que estes projetos podem sofrer mudanças e vamos precisar deixar uma margem para estas possíveis alterações. Um exemplo é o caso da mãe que ao ficar grávida, já matricula o bebê num colégio suíço para garantir sua vaga para daqui a 5 anos. Muitas coisas podem acontecer até lá, não devemos contar como caso resolvido e decidido.

Outro assunto de grande relevância para o planejamento é o tempo de lazer em família. É uma forma divertida de proporcionar a família um convívio maior entre seus membros, onde através de brincadeiras aumenta a união, o conhecimento e a amizade entre todos: as viagens de férias – a diversão começa desde a decisão em conjunto do local da viagem, seu itinerário e segue com a entrada no carro, o tempo de viagem, as observações que vamos fazendo pelo caminho, os animais, as fazendas, a vegetação, tudo será motivo para assunto entre os membros da família viajante. Uma viagem em silêncio, torna-se monótona e cansativa. O Passeio pode ser também um momento para aprender virtudes, como a da paciência, a da convivência, dentro de um carro ou no quarto de um hotel, nas áreas comuns de um hotel onde se convivem com pessoas de vários tipos.

O lazer nos finais de semana também tem igual relevância, precisam também de planejamento. Como teremos menos tempo, será necessário dividir bem o tempo para satisfazer a cada um dos membros desta família: Estabelecer regras, por exemplo, para as comemorações de aniversários de colegas. Todos tem o direito à diversão, equilibrar as atividades. Combinar antes e nunca decidir sob pressão.
No meio de todas estas mudanças que a chegada de filhos proporciona – o casal não pode descuidar de seu objetivo primeiro de estar sempre se renovando e aprofundando no conhecimento mútuo. Há que se planejar um tempo reservado ao casal. Deve fazer parte do planejamento familiar, pois a lida diária faz com que nos esqueçamos de reservar este tempo a cada semana ou quinzena. Um dia de detalhes de carinho, pensar um no outro, saírem juntos, para conversas agradáveis, onde o casal terá um momento a dois, como nos velhos tempos.

Uma ida a um restaurante, uma caminhada a dois na praia, beber uma água de coco numa tarde, uma surpresa programada por um dos dois com entradas para um jogo de futebol, ou um show do cantor favorito do outro. Evitar para estas programações as perguntas do tipo: ‘ Mas você quer mesmo ir a tal lugar?”, ou “Tem certeza de que vai querer sair amanhã?” , ou “Esta mesmo afim?”, tenham em mente que não estão fazendo nenhum favor ao outro, estão fazendo isso porque é bom ver o outro feliz e isso faz a si feliz também. Ver o sorriso no rosto da outra metade nossa, não tem preço!

Da mesma forma que casar é fazer uma escolha importantíssima na vida, ter filhos também é; fazer essas escolhas partilhadas, discutida entre os dois. Esta escolha afeta mais a mulher: permanecer no trabalho ou tornar-se mãe em tempo integral?

Na intimidade do casal serão discutidas as prioridades: carreira profissional, expectativas financeiras e necessidades de cuidado, atenção, proteção e afeto do bebe. Cada escolha tem impacto sobre as demais alternativas: a mulher decide renunciar ao trabalho profissional externo em prol do trabalho de cuidar dos filhos – é preciso ficar claro entre o casal se a escolha é permanente ou temporária. Caberá o marido valorizar e apoiar essa decisão.

Ao contrario, se a esposa não consegue se imaginar fora de sua carreira profissional há que se discutir seriamente como farão para cuidar e educar o filho: creches, avós, babas..?  Opções como prós e contras a serem avaliadas.

A alternativa de permanecer no trabalho costuma ser a mais valorizada, e até mesmo, a mais pressionada pela sociedade – e é muitas vezes, a mais difícil e sofrida, pois nenhum outro esquema substitui os cuidados e atenções da mãe.

Outro aspecto a ser considerado e o envolvimento dos pais na educação do bebe, não é uma ataque de generosidade o pai participar das lidas com o filho. A criança precisa desde cedo da presença do pai e da mãe juntos ou alternados, não só com afetos, mas com participação nos cuidados.

Não existem receitas prontas, temos que descobrir o nosso próprio jeito de nos relacionarmos melhor como marido, mulher e com os nossos filhos, à medida que crescem e vão amadurecendo. Sempre renovando e corrigindo o rumo dos nossos planejamentos.

Este é o melhor desafio profissional que temos na vida. Para superá-lo basta: amor e dedicação real de tempo. E colocar foco e importância nos assuntos da família.

2 comentários:

Elaine Medeiros disse...

Muito bom este texto. Este tipo de coisa salvou meu casamento.

Liana Clara disse...

O meu também Elaine! Vamos investis com profissionalismo nos nossos casamentos.
Um grande abraço e visite-nos sempre.

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