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sexta-feira, 13 de junho de 2014

A aventura dos 30!

Por Bia Barretto

30 anos juntos não é fácil! Principalmente hoje quando a liberdade e a veracidade são tão mal definidas. A liberdade de se exprimir, a liberdade de não engolir e de não suportar. Veracidade: se agora tenho vontade de enforcá-lo, porque estar juntos?

Escolhemos estar juntos porque agora cada um faz parte da história do outro. Alegrias, companheirismo, trocas, apoio, explosões, dramalhões, tristezas, pesar, luto, compreensões e incompreensões também, choro e lágrimas, decepções tudo numa panela. É o balanço de uma vida a dois.

Sentimentos esses também respingados na nossa maravilhosa complementação: os filhos. Enfim, uma caminhada em que, talvez, uma parte segura mais os momentos do casal, e outra os problemas e tensões dos filhos. Mas que importa se uma suporta mais do que outra? Não é necessário ficar o tempo todo pesando na balança porque são vividos a dois. Uma coisa é certa: o suporte inegável da fé e a constante proteção de Nossa Senhora são ajudas preciosas.

Para ressaltar essa data tão significativa os filhos pensaram num presente especial, marcante: o aluguel de uma casa num fim de semana. Como somente 3 trabalham, o caçula contribuiria sendo o “elfo doméstico”: setor de idas e vindas ao mercado.  A casa teria de ser grande o bastante para cabermos todos, e ainda os “nonni”. Dois carros cheios de traquitanas e mais um pouco.

Tudo bem até pegarmos a estrada, - estrada?-, de terra, esburacada sem termos certeza se era esse mesmo o caminho, apesar do mapa. Pula pra cá, pula pra lá, e o molho de macarrão, para a pasta de domingo, que na pressa selei somente com um papel filme, começou a escorrer pela perna da vítima que o estava segurando. Porém bendito o molho que conseguiu desanuviar as tensões...

Sábado fizemos pizza e recebemos nossos queridos amigos que têm um sítio perto de onde ficamos. Se dissemos que 30 é uma aventura, o que dizer dos 40? Comemorados pelos nossos amigos no dia seguinte.

Finalmente no domingo o molho fez jus a que foi feito. Acrescentamos a ele cogumelos shitake, gentilmente cedidos pelo dono que os cultiva no sítio.

Hora de irmos embora. Uma foto de lembrança.

Ao chegarmos em casa, a vítima do molho: “bom, nós demos o exemplo agora vocês façam o mesmo, no ano que vem, Bodas de Diamante dos nonni.”

Tomara!!!

3 comentários:

Patricia palpiteira disse...

Super divertida essa descrição! A Bia podia ser até comentarista de jogos da Copa, pois o interesse ficou muito forte desde o início da "reportagem dos 30" e não desapontou nada, nem no final com a intervenção da "vítima do macarrão", kkkkkkkkkkkkkkkkkk

O MAIS BONITO NESSE QUADRO FAMILIAR E DE AMIZADE, É A SERENIDADE NO OLHAR DOS NONNOS!

Pat disse...

Desculpem! O plural de "avós" é nonni e não nonnos...pensei em italiano e escrevi em português...foi mal!

Liana Clara disse...

Oi Patricia, adorei seu comentário. Ficou muito bom mesmo!
Os avós também são uma simpatia.
Beijos

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