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quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Em breve seremos todos surdos!

Por Maria Teresa Serman

Já somos um pouco cegos no nosso cotidiano: cegos às belezas que nos cercam, a que já estamos habituados e às quais não damos valor; visualmente alheios aos que nos cercam, pois enxergamos melhor (ou seria pior?) seus defeitos do que suas qualidades e atributos; indiferentes ao que os olhos não vêem mas o coração pode perceber.

Este parágrafo, mais pra filosofia de traseira de caminhão - só falto acrescentar " Sou eu que dirijo mas é Deus quem guia", está posto para introduzir o tema do título, que é seriíssimo. Há uma ameaça constante à saúde auditiva das pessoas, especialmente dos jovens, hoje em dia. Somos vítimas indefesas de carros de altíssimo e duvidoso som, nas ruas e nos lugares públicos. Há leis que limitam os decibéis, mas não aparece quem fiscalize seu cumprimento e multe os meliantes.

Se somos agredidos nos ambientes externos, mais devemos nos precaver dentro de casa, seja evitando falar muito alto, ou permitindo um volume muito alto dos aparelhos de som ou da TV. O número de jovens indelevelmente surdo devido ao uso abusivo de fones de ouvido está aumentando, mas não são só eles que fazem isso.

Os decibéis frequentemente ultrapassam o dobro dos permitido, seja em horário diurno, ou inda pior, no noturno, quando o corpo e a mente precisam de descanso. É alarmante constatar o efeito lesivo sobre o nervo auditivo, sem que as pessoas sequer percebam que estão perdendo essa acuidade. Os danos podem ocorrer após breve ou longa exposição ao ruído excessivo, dependendo da predisposição de cada um.

Por isso, podemos fazer nossa parte para diminuir o barulho do trânsito, só buzinando se for inevitável. Devemos aconselhar e monitorar os adolescentes no uso adequado, quanto ao tempo e volume dos seus fones. E controlar também nossa voz, para assim poupar as cordas vocais e os ouvidos, próprios e alheios. A surdez não é uma boa opção, fiquem certos.

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