O texto da Liana sobre insônia materna me fez remexer no meu próprio baú de lembranças e recordar alguma

Ela tinha três filhas, que criou sozinha, pois meu avô deixou-a ainda bem jovem. Não se amargurou, nem procurou consolo em outros amores que não fossem as das filhas e da família, grande, unida, presente. Costurava, cozinhava, tricotava, fazia crochê, tudo primorosamente. Posso dizer que o que fazia era sempre de primeira classe. Havia uma escala semanal na cozinha, embora tivesse auxiliar, para que uma filha a cada vez aprendesse a fazer comida e cuidar da casa. A filosofia, que tento passar para meus filhos, é que, se não souber fazer não poderá ensinar e cobrar. Como prêmio da semana de atividades domésticas, a escolhida tinha o privilégio de acompanhar a mãe até uma confeitaria no centro da cidade, lugar chique na época, e depois olhar vitrine - não havia dinheiro para compras, no máximo um tecido (Deus me livre de escrever "fazenda", como se falava então!) para uma roup

Como ninguém é perfeito, minha avó cassou o sonho de minha mãe de aprender violino, pois só piano era recomendável pra "moças de família". Vá entender! E também tinha mania, que pude experimentar pessoalmente, de nos acordar para ver se "estava viva", quando, doentes, conseguíamos dormir finalmente. Era terrível!
Já minha mãe sempre foi uma mulher muito prática, principalmente no dia a dia. Otimizava o trabalho, minimizava os esfo

Por outro lado, não me deixou aprender a andar de bicicleta com medo de

Das minhas manias, que dão um compêndio, só vou mencionar a de cheirar os filhos ao saírem do banho, no caso específico os meninos, mais cascãozinhos, no pescoço, durante a pré-adolescência, e fazê-los voltar para o chuveiro, porque, como digo ainda, " a primeira sabonetada é pra limpar, a segunda pra perfumar". Do resto, conto outra hora, vocês não suportariam hoje.
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