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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Loucura por ESMALTE

Por Maria Teresa Serman

Põe loucura nisto!!!! O negócio vai além da imaginação, pelo menos da minha...! Pesquisando na internet sobre o assunto, para o blog, descobri um mega universo - desculpem o exagero ou redundância , mas não dá pra fazer por menos. Eu gosto de esmaltes, tento segurar a compulsão de comprar variados, pois a cada momento surgem novos e lindos, não sou avessa ao produto; porém, a mulherada está insana.

Para se ter uma ideia, a nomenclatura, digamos assim, ligada a essa fissura, é vastíssima. Alguns exemplinhos: mania de esmalte, esmaltólatras, esmaltolândia, esmaltoteca, esmaltices, e todas as derivações que vocês nem conseguem imaginar. Marcas mil, o mercado está pegando fogo, bom para muita gente, é claro. Há também a firma que lançou uma máquina, já à venda em sites de produtos de SEGUNDA MÃO ( com esmalte, por favor! ). Depois da piadinha infame, explico que é um tipo de impressora, com mais de 3 mil opções para decorar suas unhas. Além disso, pode-se levar um desenho e a tecnologia imprime no tamanho das suas unhas! Acho que sou a última a saber, fiquei pasma. Gente, o que falta o ser humano inventar para satisfazer seus caprichos?

Há também receitas de alquimias envolvendo dois ou três tipos e tonalidades de esmalte, impressionante a veia artística da brasileira! E tipos, tais como holográficos, craquelados, foscos, flocados, com aroma, que mudam de cor, francesinhas com muitas combinações de tons.

Sem contar os produtos para fortalecer, dar brilho extra, proteger a película, texturizar, tratar a cutícula. Claro que não dá pra fazer as unhas duas vezes por semana, como algumas fazem, sem querer que o investimento dure. As "marias" que lavam louça e atuam na cozinha ficam também muito agradecidas, somos beneficiadas por tabela.

O objetivo deste texto não é fazer propaganda, é óbvio. Tampouco assumir uma postura radicalmente avessa à tendência. Somente tentamos propor uma visão mais crítica e racional do fato - a intensidade de interesse e consumo é descabida, virou compulsão, e é contagiante, devido à característica eminentemente feminina de trocar impressões e sentimentos sobre os assuntos mais íntimos e frívolos. Aliás, a palavra mais adequada é FRIVOLIDADE. Como sempre, a melhor solução é o equilíbrio, avaliar o que é realmente necessário para contentar o EGO ( e calar o seu rebento, o EGOÍSMO ), desviando sadiamente tempo, talento e dinheiro para, por exemplo, ajudar as muitas e boas iniciativas que apóiam crianças com neoplasia e suas famílias.

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