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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Como incentivar os filhos a amarem os livros? Parte 2

Por Maria Teresa Serman

A casa pode ter um lugar reservado para os livros, se puderem ter espaço para uma biblioteca familiar. Também cada um pode guardar os seus, compartilhando-os com os outros quando pedirem. Uma biblioteca em casa ajuda as crianças e jovens a frequentar outras, públicas principalmente, onde poderão expandir seus conhecimentos e encontrar mais bibliófilos. A paixão pelos livros é comunicativa, ajuda a fazer amigos.

O círculo da cultura adquirida pela leitura se dilata naturalmente, e leva a buscar museus, teatros, cinemas, exposições de arte e folclore, feiras de livros, antiquários, para conhecer selos, moedas e objetos antigos. Isso é fundamental para que os jovens aprendam a real importância da história de seu país e do mundo, descubram a trajetória do ser humano sobre a terra e dêem valor à pátria, valorizando desde cedo o que é benéfico para a sociedade e o que dela devemos afastar. Formam, assim, uma saudável consciência política, da verdadeira política, a que se destina ao bem do cidadão, e não a dele usufruir. Já se disse que um país se constrói com homens e livros. Poderíamos dizer também que os homens se constroem pelos livros.

A internet é um tesouro ao alcance dos ávidos por cultura e conhecimento. Porém, como todos os meios de comunicação, inclusive a leitura, deve ser muito bem administrada aos pequenos e jovens. Em doses homeopáticas, para que não se viciem; com filtros seguros para que não acessem o que não devem - há imagens que nunca se apagam da memória de uma criança; com acompanhamento dos pais, para que conversem entre si e com os filhos sobre o que acessam; e já como uma propedêutica orientação para que aprendam desde cedo que nem tudo lhes é permitido, porque muita coisa lhes pode ser prejudicial. Entenderão claramente que precisam se auto guiar, para extraírem dos meios o que é de valor, e não transformarem esses instrumentos em fins, dos quais poderão se tornar escravos.

Os pais não devem ter medo ou vergonha de parecerem retrógrados, ou conservadores, com a patrulha dos politicamente corretos, prefiram classificar aqueles que vivem de acordo com seus princípios e sabem que é dever primordial cuidar da alma e da mente dos que geraram para o mundo. É covardia e crueldade esperar que crianças e jovens sejam inteiramente responsáveis pelo que lêem ou vejam. Isso pode causar-lhes danos profundos e irreversíveis. Quantos lares não estariam desfeitos se houvesse um sadio controle dos pais sobre si mesmos e seus filhos! Quem ama cuida, principalmente educando.

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