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quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Como fazer para a sogra amar a nora

Por Maria Teresa Serman

Começamos assim, sem o contraponto, pois é mais fácil que haja a correspondência se a mais velha, mais experiente der o exemplo. "Planta amor e colherás amor" - é esse o espírito da coisa, como se diz. O exemplo vem daquele (ou daquela) que tem o dever de estado e idade de dá-lo.

Há um livro da ed. Quadrante que sempre recomendo às possíveis ou já factíveis noras e sogras. O título é A NORA (E A SOGRA) IDEAL. Objetivo e sucinto, este fino livrinho contém doses profundas de sabedoria. Transcrevo uma delas de que sempre me faço lembrar: aquela moça que se casou (ou vai se casar) com o seu filho NÃO É SUA FILHA. Essa verdade, por muitas ignorada, implica que não foi você que a criou e educou. Portanto, não pode cobrar, interior ou exteriormente, nenhum ensinamento que conseguiu passar p suas filhas. E será mesmo que conseguiu? Tentamos, é verdade!

A convivência entre mulheres que amam sadiamente o mesmo homem, não o disputam, deve ser leve, no mínimo; amorosa e com espírito de serviço de ambas as partes, o máximo possível. Amar a sua nora demanda muito mais abnegação do que a seus próprios filhos, pois é um processo de aprendizado mútuo, de tolerância e simpatia.

Simpatia significa, na origem grega da palavra, sentir com. Sempre procuro recordar que minha nora é uma mulher como eu fui, mais do que como agora sou. Não tem a minha experiência, e não devo tentar impô-la, por mais que a tentação seja forte e a intenção seja boa. Não se pode viver a vida pelos outros, ainda que para poupá-los de problemas e sofrimentos. Isso vale para os filhos, marido e pais. E para noras e genros.

Apesar do relacionamento caricatural sogra e genro, que o povo adora ter como objeto de piadas, o mais delicado, certamente, é o dessas duas mulheres, nora e sogra. Não devemos por a culpa na sogra, por preconceito. Porém, como já disse, a ela cabe o melhor papel. Digo melhor porque a iniciativa de amar e respeitar sempre é o melhor encargo. Quando há boa vontade que deriva para o amor, a carga passa a ser leve e o jugo suave.

Não há receita, pois cada dupla é única. Mas há o ingrediente onipresente, que acabei de mencionar. Está claro, não?

Um comentário:

Anônimo disse...

Que formidável a gente ouvir COISAS BOAS assim, de como ajudar as pessoas a se compreenderem e se aceitarem COMO SÃO, e não, como gostaríamos que fossem...

Parabéns para as NORAS que têm sogras que as tratam com a devida gentileza e RESPEITO!

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