Oi, mães!
No quarto artigo sobre como educar o filho único, conversamos sobre os erros e os acertos na educação. Hoje, falaremos um pouquinho sobre a vida escolar dos nossos pequenos.
Figura 1 - Bernardo aos três anos realizando atividades de pintura em grupo na escola
Vamos falar a verdade: é um sofrimento enorme para nós quando levamos nossos filhos para a escola a primeira vez, não é mesmo? Parece que a gente sofre mais que eles. É verdade que algumas crianças têm mais facilidade para encarar a vida escolar que outras. Algumas choram semanas; outras choram quando os pais aparecem para buscá-las, pois não querem ir embora.
Meu filho fazia parte do grupo dos que davam tchauzinho enquanto eu ficava chorando. Ele nunca estranhou ninguém. Era sempre receptivo, encarava com um sorriso e encantava a todos ao redor. Para ele, a escola era (e ainda é) um parque de diversões.
Ele começou a ir à escola cedo. Um ano e meio, para ser mais precisa. É que eu não pude ficar em casa, pois o orçamento era insuficiente para o sustento. E ele começou a frequentar justamente no ano em que foi o mais tresloucado da minha existência: dava aulas pela manhã, fazia estágio de bolsista à tarde, fazia faculdade à noite e, nas “horas vagas”, fazia o estágio obrigatório de conclusão de curso, cuidava da casa, do filho, do marido, de mim, escrevendo TCC, (Trabalho de Conclusão de Curso), e diagramando um livro de um projeto de pesquisa do qual fazia parte para ter as horas complementares de curso (ufa!). Foi um ano em que eu vi muito pouco meu filho, mas hoje eu colho bons frutos. Naquele ano, quem mais cuidou dele foi o pai, e isso ajudou a estreitar mais os laços entre os dois. Entretanto, eu não me acomodei: assim que essa fase passou, retomei todo o tempo “perdido” em prol dele. Depois que me formei, ele passou a frequentar a escola em meio período. É que, como professora, não leciono em período integral, justamente para ter mais tempo com o meu filho.
Entretanto, por ser filho único, a criança sofre um bocadinho quando começa a ir à escola. É que ela pensa que, ao chegar lá, a atenção será exclusiva, mas não é bem assim... mas logo ela começa a entender que precisa esperar a sua vez; que é importante compartilhar com os amiguinhos; que birras não surtirão efeitos positivos. E meu filho passou por tudo isso. Quantas vezes fui chamada à escola porque ele havia feito alguma birra? Não quis comer tal comida, chutou um amiguinho, gritou com a professora, jogou a cadeira no chão...
Figura 2- aos 4 anos, realizou atividades de culinária e levou o suquinho de cenoura que fez para a mamãe aprovar
Eu sempre adotei uma regra e a deixo muito clara na escola: quero que a escola dê continuidade ao que acredito ser melhor ao meu filho. Diante disso, nunca passei a mão nem justifiquei nenhuma atitude do meu filho quando ele esteve errado. Para exemplificar, dia desses eu fui chamada porque ele cortou um chumacinho de cabelos de uma coleguinha de classe. A diretora fê-lo assinar o “livro preto”, mostrando o quão grave foi a conduta. Ao saber do fato, chamei-o e conversei sobre o ato: “é que o cabelo dela estava muito feio, mamãe!” justificou. E então eu expliquei que não devemos fazer esse tipo de coisa, que ele jamais gostaria que alguém lhe fizesse isso e que a sua atitude merecia atenção. No outro dia eu fui à escola e, diante dele, disse à diretora que caso essa atitude se repetisse, era para privá-lo durante a semana da aula que ele mais gostasse. Perguntem-me se ele repetiu o ato?
Eu sempre adotei uma regra e a deixo muito clara na escola: quero que a escola dê continuidade ao que acredito ser melhor ao meu filho. Diante disso, nunca passei a mão nem justifiquei nenhuma atitude do meu filho quando ele esteve errado. Para exemplificar, dia desses eu fui chamada porque ele cortou um chumacinho de cabelos de uma coleguinha de classe. A diretora fê-lo assinar o “livro preto”, mostrando o quão grave foi a conduta. Ao saber do fato, chamei-o e conversei sobre o ato: “é que o cabelo dela estava muito feio, mamãe!” justificou. E então eu expliquei que não devemos fazer esse tipo de coisa, que ele jamais gostaria que alguém lhe fizesse isso e que a sua atitude merecia atenção. No outro dia eu fui à escola e, diante dele, disse à diretora que caso essa atitude se repetisse, era para privá-lo durante a semana da aula que ele mais gostasse. Perguntem-me se ele repetiu o ato?
Como mãe e como professora, digo que a gente tem que seguir juntinho com a escola para que nosso filho entenda que aquela escola é, de algum modo, extensão da nossa casa. Que os valores que ali estão sendo desenvolvidos são os que os pais aprovam e adotam.
Outro detalhe importante é a agenda escolar. Eu confesso que sou um cadinho relapsa com a agenda (desculpa, gente, mas eu também falho.). No começo, eu não era. Mas agora que meu menino me fala tudo, absolutamente tudo o que a professora pediu, o que tem que ser feito, e até as datas; e também porque nesta escola os recados são pouquíssimos, e sempre que chego para buscá-lo, a professora comenta o que está na agenda, passei a deixá-la um pouco de lado. Quando sento e pego a agenda (geralmente nos finais de semana), vejo lá todos os recados dados pelo meu garoto. Porém, esta atitude me custou tão caro (é que um dia eu levei meu filho para a escola e ele não tinha aula. E estava o recado lá na agenda, e eu não olhei nem meu filho comentou nada. Pensa...) que agora vou me organizar mais e melhor para verificá-la prontamente. Se você também tem este mesmo problema, bora mudarmos juntas.
Figura 3- Ele também adora pintar e fazer atividades quebra-cuca em casa.
Aprendi em minha profissão um truque valioso: o reforço positivo. Todo dia que eu chego à porta da sala do meu filho, pergunto como ele foi naquele dia. Já tem um tempinho que não ouço reclamações, apenas elogio. Então eu uso esse argumento e digo: “Que bacana, filho! Siga assim!”. Com as tarefas, sempre o elogio quando executa bem feito, e sempre o corrijo, não com a intenção de feri-lo, e sim de auxiliá-lo a melhorar. E ao corrigir, digo: “parabéns! Ficou joia!”. Esses reforços positivos entusiasmam a criança a prosseguir bem. Mas seja sincera no elogio! Eles manjam quando a gente está falando por dizer.
Por fim, lembre-se que a vida escolar do seu filho, seja a escola pública ou privada, é o melhor investimento que você pode dar. Por isso, acompanhe-a de perto!
Beijos, meninas!
Evelyn Mayer é católica, consagrada à Virgem Maria, casada, mãe, professora de Língua Portuguesa e palestrante de recursos humanos em indústrias.
14 comentários:
É pra se "tirar o chapéu" diante de uma mãe como essa! Sei que deve haver várias assim também, mas esse exemplo de competência sem perder a doçura e o diálogo com todos impressiona muito sim!
Parabéns pelo pai que ficou dando o suporte no tempo necessário para que a mãe pudesse terminar a fase tão necessária e difícil de conciliar, de trabalho dentro, fora de casa e a VIDA EM FAMÍLIA.
Deus os abençoe MUITO!
Olá Patricia! Adoro seus comentários, sempre cheios de doçura!!
Beijos
Pat, eu sou muito falha como mãe, mas procuro me esforçar. Eu tenho uma personalidade forte. Tem hs que dou uns berros... Kkkkkk mas eu procuro conversar bastante.
Menina, meu marido foi um santo. Foi "pãe" do nosso filho no meu último ano de facul. Mas valeu a pena.
Reze por mim e volte sempre. Deus abençoe.
Liana e Evelyn, queridas "meninas"!
Já ouviram falar em "ORAÇÃO PARA BLOG"?
Pois estou inaugurando uma nova "frente" nos meus pedidos a Nossa Senhora e Jesus...
É que nem no Terço diário e nem no Rosário(às vezes consigo, mas infelizmente, nem todos os dias dá pra rezar o Rosário inteiro) está cabendo todo mundo!!! E eu gosto de fazer tudo bem organizadinho pra não dar trabalho lá no ALTO. A nova encomenda de agora em diante, será para as pessoas lindas que escrevem nesse Blog da FAMÍLIA(e os CRIADORES DO BLOG, CLARO!).
É um momento de ALEGRIA SEMPRE ao abrir de manhã os novos textos cada vez mais interessantes!
Obrigada! Abração!
Pat
Patricia muito obrigado pelo seu comentário tão carinhoso.
Tenha certeza de que essa sua ajuda é de grande valia. Todas nos precisamos muito dessas orações. A família agradece.
Beijos
Pat, muito obrigada pelo carinho e pelas orações!
Que atitude atenciosa, linda e carinhosa! Mto obrigada, Pat! Deus te abençoe e retribua! Um beijo!
Fase difícil essa de se separar dos filhos quando eles precisam ir a escola e tbm quando nós precisamos de um tempo para nossa formação profissional e intelectual, a escola passa a ser a nossa maior aliada! Mas nós temos q ser aliada da escola tbm! É preciso, hj mais q nunca, estabelecer limites aos pequenos e reforçarmos a autoridade da escola e dos professores já q eles são formadores dos nossos filhos, para isso é necessário ter uma relação de confiança e respeito mútuos!
Patricia, obrigada pelas orações querida! JP II já dizia q família é dom e compromisso, patrimônio da Humanidade e por isso, ela é alvo dos anjos decaídos q querem o fim da família! Por isso suas orações são valiosíssimas para q possamos vencer essa batalha espiritual! Um grande abraço querida!
Não conheço, Pat, mas quero, minha linda. Bjo
Muito obrigada pelo carinho, Pat!
Que Deus lhe conceda muitas bênçãos!!!
Bjs
Caramba, gentes boas e queridas! Nunca pensei que a ideia que surgiu na minha oração, teria esse "efeito em cadeia" de agradecimentos... às vezes a gente deixa de fazer ou dizer coisas pensando que não farão diferença, mas de agora em diante, vou REFLETIR MAIS sobre essa necessidade que temos de SENTIR O APOIO das pessoas que nem conhecemos!
Essa geração nova de MÃES CATÓLICAS PRATICANTES parece ser aviso de que uma "nova era" está forçando passagem para o BEM, presença de Deus, CARIDADE E FRATERNIDADE. Fiquei emocionada em sentir esse CARINHO nas respostas tão lindas de vocês! GANHEI MEU DIA! (que aliás, já estava ficando ÓTIMO voltando da MISSA após minha terapia dos joelhos, pedindo arrego! rs rs rs )
Que Jesus, Nossa Mãe e São José estejam SEMPRE DENTRO DOS CORAÇÕES DAS NOSSAS FAMÍLIAS!
Pat F F(Feliz e falareta!)
Q bom Pat! Q Deus a abençoe e abençoe seus joelhos tbm! Mais uma coisa q temos em comum, somos mães, católicas, praticantes de joelhos bichados! Hehehehe... grande abraço querida!
Então prossiga orando por nós, Pat!
Postar um comentário