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sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Ser dona de Casa II – Minha atual perspectiva

 Por Lívia W. de Melo Costa*

No texto anterior sobre ser dona de casa, aproveitei para refletir sobre a minha escolha. Como muitos sabem, após me casar deixei o emprego e me dedico apenas à minha casa. Analisando tudo que escrevi antes, quis compartilhar com vocês um pouco da minha experiência e de como percebo a minha escolha.

Sempre tive uma rotina muito pesada de trabalho quando estava empregada. Muitas e muitas vezes chegava em casa muitíssimo cansada após uma jornada dura e mal tinha disposição para comer ou cuidar das minhas coisas, não tinha muita paciência para conversar com os familiares e constantemente me estressava. Tudo que eu queria era ter tranquilidade pra fazer as coisas na minha casa, poder ler um livro, me formar em diversas esferas, estudar com paciência, sem obrigação e sem pressa. Lembrando disso eu redescobri o porquê de eu ter decidido ficar em casa.

O meu marido tem uma vida de trabalho frenética, pior que a que eu tinha quando estava empregada. Então, quando fiz essa escolha, tinha em mente, especialmente, estar disponível com um sorriso e um abraço para quando ele chegasse precisando de acolhida. Queria que ele encontrasse em mim amparo e conforto, e não uma avalanche de estresse e cansaço. Queria minha mente livre para poder escutá-lo.

Além disso, gostaria de cozinhar com carinho e humanidade, não com perfeição estética de quem quer mostrar serviço nem com o desleixo de quem só quer se livrar daquela atividade.  Quis ficar em casa para ter energia suficiente para ir mais à igreja – além dos domingos, quando vou junto com o marido - e assim ajudar a sustentar a espiritualidade da casa.  Fiz essa escolha não pra ser uma doméstica, mas pra me dedicar com paciência à família.

Se os afazeres domésticos tiram a alegria e a vantagem de te deixar mais feliz ou mais disposta para acolher outras necessidades da família, então há algo que precisa ser reavaliado.

Claro que há dias em que, ainda assim, a rotina em casa é pesada. Quem é dona de casa sabe que essa vida não é mole.  Mas também há dias em que percebo que a louça pode esperar enquanto me arrumo e me perfumo para esperar o marido chegar do trabalho. Jantar e depois assistir um filminho enquanto a louça fica por lavar só faz bem ao relacionamento.

O legal de não ter chefe é justamente poder transgredir de vez em quando, quebrar a rotina quando julgar necessário e não ser cobrada por isso.  A missão de uma dona de casa é edificar o lar, dar paz, tranquilidade e equilíbrio a ele. É importante focar no essencial.

* Lívia W. de Melo Costa - paraibana, católica, casada, mãe de um bebê que hoje mora com Deus,  tem formação em Gestão Financeira,  embora atualmente tenha decidido se dedicar exclusivamente ao lar. Gosta de bordar nas horas vagas e ler sobre cuidados com o lar, etiqueta,  moda e política.

3 comentários:

Unknown disse...

Lívia, cuidar das pessoas q amamos e ter tempo para nós dedicar a elas inteiramente é um privilégio! Deus abençoe sua união e que ela renda muitos e muitos frutos!

Flavia Vericimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Flavia Vericimo disse...

Livia, EXCELENTE escolha!!! Como é bom ser DONA DE CASA, como é bom ser o amparo emocional para um marido que chega cansado de uma jornada de trabalho, como é santificador fazer da rotina de uma casa o meio de santificação! Incrivel como muitas mulheres hoje se forçam em criar uma rotina tripla de trabalho e ainda se enganarem dizendo estarem realizadas! Agradeço por escrever sobre algo tao importante e muitas vezes tao negligenciado, o cuidado do LAR!

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