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quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Não é (só) a mãe!

Por Maria Teresa Serman


Em tudo, a primeira culpada é a mãe, não concordam? Pois é, mas no caso da concepção de crianças portadoras de anomalias genéticas, uma pesquisa muito bem embasada e coordenada, na Islândia, publicada pela conceituada revista NATURE, revelou que a idade do pai, principalmente,  não só a da mãe, é determinante para o nascimento de um bebê saudável. Quanto mais avançada a idade do genitor, maior o risco de ele transmitir novas mutações genéticas que originam o autismo e  a esquizofrenia. 

O estudo finlandês provou que o sexo masculino transfere, medianamente, quatro vezes mais novas mutações aos descendentes que o feminino. A partir da puberdade, os homens começam a produzir espermatozoides e não param mais. Já as mulheres nascem com uma quantidade fixa de óvulos que serão ou não fecundados. Como praticamente não há renovação celular neste processo feminino, reduz-se significativamente o risco de transmissão de novas mutações aos descendentes. Por outro lado, acontecem mutações benignas, essenciais para a diferenciação normal que cada DNA imprime no indivíduo. Somente 3% de novas mutações estão associadas às doenças citadas.   

Embora também influam no resultado aspectos ambientais e outros, está mais do que comprovado que a juventude dos pais preserva a saúde dos que geram. E um processo contínuo, sem longos períodos de abstenção de gravidez, é importante, do mesmo modo, na prevenção de casos de mutações, pois os órgãos reprodutores mantêm-se ativos. A natureza é sábia, e não tem muita paciência com quem tenta adaptá-la ao seu prazer ou interesse pessoal, em detrimento da saúde própria e da família, célula fundamental no corpo de uma sociedade, que deve incentivar a saudável constituição daquela, sob pena dela mesma, esta sociedade, adoecer e apodrecer em vida.

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