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sexta-feira, 4 de junho de 2010

Amar com sabedoria - escapando de uma fria

Por Liana e Maria Teresa

"Hoje, não acredito muito nos 'opostos se atraem'.
Porque sempre uma parte vai ceder muito e se adaptar demais. E sempre esta é a parte mais insatisfeita.
Acredito mais em quem tem interesses em comum. Se você adora dançar forró
, melhor namorar quem também adore; se voce gosta de cultura italiana, melhor alguém que também goste. Frequentar lugares que você prefere ajuda a encontrar pessoas com interesses parecidos com os seus. A extrovertida e o caretão anti -social é complicado, e depois entra naquela questão de "um querer mudar o outro", ui! Pessoas mudam quando querem. E porque querem. E pronto. E demora! "

Esse trecho é parte de uma mensagem mais extensa sobre namoro e casamento. Achamos interessante o fato de discordar do clichê de que os opostos se atraem. Na verdade, isto acontece, pois procuramos no outro detalhes que nos completem, que não fazem parte da nossa personalidade, mas que gostaríamos de ter. E assim é, em parte. Porém, duas pessoas não podem ser tão diferentes que entrem em choque à medida que a convivência se torne mais íntima.

Como diz o texto, não vai dar certo se um for caseiro, não gostar de boêmia, preferir programas mais caseiros, e o outro for da "balada", festeiro, acostumado ao barulho e à noite trepidante. Sempre se tem que ceder para viver em harmonia, mas há um limite para que as concessões não se tornem regra e tragam frustração constante.

A diversidade entre as pessoas que convivem, dentro e fora do casamento, só as enriquece e torna mais tolerantes. Todavia, podem acontecer diferenças inconciliáveis que, nos primeiros tempos, cegos pela paixão, não se consiga vislumbrar. Parece que tudo vai se entrosar, "casando melhora". Terrível engano. O casal deve melhorar, sim, com o incentivo mútuo, mas em um processo de livre vontade, não de pressão.

É fundamental que o namoro seja a fase de descobrir o outro com sinceridade de intenções e espírito corajoso, para que, se necessário for, o rompimento aconteça nesse estágio, e não depois do casamento. Quem concebe o matrimônio como um sacramento, senão, mesmo não tendo tal crença, como um compromisso para a vida toda, não pode se apoiar só na emoção, que ilude jovens e menos jovens.

Uma coisa difícil de superar, e que todos acham que vão conseguir, é aguentar a família do outro se esta apresentar problemas sérios, como desonestidade, intromissão, fofoca, valores morais deturpados. Tais aspectos poderão causar problemas intransponíveis no futuro, sendo muitas vezes causa de separação.

O amor é cego, mas só no começo. Depois ele passa a usar lentes de aumento para aspectos que antes pareciam atrativos. As grandes diferenças, que no momento da cegueira ficaram quase invisíveis, tornam-se montanhas, como no caso de um estar intelectual ou profissionalmente abaixo do outro, e não querer progredir. A atual competitividade da mulher, que lhe toma tempo da família e que pode levá-la a ascender no trabalho e no salário, se o homem não acompanha esse crescimento, ou se isso não lhe agrada, também pode ser fator de distanciamento fatal para o par.

Usem a lente do amor sempre, mas preparem o caminho com sabedoria.

2 comentários:

Anônimo disse...

Dindinha, adorei a parte que revela: "o amor é cego mas só no começo, depois passa a usar lentes de aumento...".

Liana Clara disse...

Esta é uma grande verdade.
Por isso é bom escolher bem antes de entrar porque depois não vale o "pede pra sair" - isso só vale no BOPE.
Beijos

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