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terça-feira, 15 de setembro de 2009

As vantagens de um bichinho de estimação para o desenvolvimento das crianças

Márcia Ribeiro Oliveira
http://gatomiabr.blogspot.com

A existência de uma relação afetiva entre os animais e os humanos é comprovada cientificamente há muitas décadas. Mas, quem convive com bichinhos, sabe que não é necessária nenhuma pesquisa para ter certeza de que eles efetivamente se envolvem de uma maneira muito especial com quem os acolhe com carinho.

Enquanto reduzem as chances de os adultos desenvolverem problemas de coração e aumentam a expectativa de vida dos idosos, os animais de estimação trazem inúmeros benefícios às crianças.
Ter um bichinho em casa contribui significativamente para o desenvolvimento afetivo dos pequenos. Ao perceberem que estão diante de um ser vivo, e não de um brinquedo, as crianças passam a entender que precisam conter sua agressividade e tratá-lo com carinho, assim como protegê-lo e sempre zelar pelo seu bem-estar. Sem falar que elas se sentem ainda mais amadas, já que um bichinho bem tratado tende a retribuir com muito afeto todo amor que recebe.

Os bichinhos também aumentam o senso de responsabilidade e ajudam a criança a criar laços de solidariedade: eles têm suas necessidades específicas (comer, fazer suas necessidades, descansar), são inteiramente dependentes de seus humanos, nem sempre estão disponíveis para brincadeiras, exigem cuidados especiais (tomar banho, tomar vacinas, passear)... Sem contar que cada animal tem uma personalidade e características individuais que precisam ser respeitadas. Dessa maneira, o convívio com o bichinho funciona como um "ensaio" para a vida e como um aprendizado para lidar com os limites que existem nos mais diversos tipos de relacionamentos.

Para os mais tímidos, o animal pode contribuir para elevar a autoestima e aumentar a sociabilidade, atuando como um pretexto para criar novos vínculos. Ao levar seu cachorrinho para passear, por exemplo, a criança tem a oportunidade de conhecer outras pessoas que também se interessem por animais, e, assim, fazer novas amizades. Além disso, o cãozinho vira assunto para novas conversas, o que estimula o exercício da comunicação e faz a criança se sentir encorajada a interagir mais.

Além de ser uma companhia para todas as horas, os animais também ajudam a lidar com uma questão que, normalmente, ainda não é bem compreendida nesta faixa etária: a finitude da vida. Ao conviver com um bichinho, a criança percebe que ele cresce, adoece, envelhece e, inevitavelmente, morre um dia. Com a perda, ela aprende a lidar com sentimentos novos, a desenvolver estratégias para superar a dor emocional e, assim, passa a entender melhor a ordem natural das coisas.

O amor incondicional e a fidelidade dos bichos (principalmente cães e gatos) também podem ser uma lições para os pequenos e para toda a família, que, segundo pesquisas, tende a ser mais unida e a conversar mais quando tem um animal de estimação em casa.

Enfim, apesar de todos os seus inúmeros benefícios, a decisão de adotar um animal deve ser bem ponderada, pois não se trata de um brinquedo nem de um bem material que pode ser descartado caso a criança ou a família se enjoe dele: o bichinho deverá ser sempre um motivo de felicidade, e não somente enquanto é filhotinho ou até as primeiras dificuldades aparecerem. Todos na casa devem estar de acordo com a sua chegada, principalmente os adultos, que serão inevitavelmente os maiores responsáveis por ele (tanto financeiramente quanto no que diz respeito aos cuidados que o animal exigirá ao longo da vida).

Além disso, para que a convivência seja harmoniosa, é necessária uma boa supervisão por parte dos pais, principalmente, nos primeiros meses de adaptação do bichinho em casa. Neste período, as crianças devem ser orientadas sobre como tratá-lo adequadamente e o bicho deve ser educado para ter noção de seus limites (eles aprendem muito rápido!). Aos poucos, ele irá se adaptando ao cotidiano da família, criando laços de amizade e conquistando todos de uma maneira muito especial e sincera.

5 comentários:

Carmen Maria disse...

Você acha que dar um animal de estimação pode ser bom para uma menina de 3 anos?

R. B. Canônico disse...

Eu sempre tive cães em casa. QUando mais novo, um collie, excelente animal, belíssimo e dócil. Atualmente possuo um dogue alemão, um cachorro muito grande e extremamente brincalhão, inclusive com crianças.

Liana Clara disse...

R.B. eu não sabia que o Dogue alemão era tão dócil assim. Boa dica.

Liana Clara disse...

Carmem, Um animal de estimação é ótimo para uma criança, mesmo de 3 anos.
Agora, é importante que todos em casa queiram o bichinho, pra não criar um atrito entre os familiares. Deve pelo menos haver um consenso entre a maioria envolvida.
Não é prudente dar o animal de presente a criança, se não houve uma pesquisa anterior aos pais.
Principalmente uma criança de 3 anos, ficará muito decepcionada se não puder ficar com o bichinho depois de ganho.

ANINHA disse...

Minha mãe não me permitia tocar e nem mesmo aproximar-me de qualquer animal,com receio que pudesse arranhar-me ou transmitir-me doenças.Creio que ela agisse assim por carregar algum trauma,sem que ela se desse conta disso.Na meia idade,meu psiquiatra aconselhou-me a lutar para vencer este estigma,pois isso não era bom para mim,pois revelava uma fobia adquirida na infância. Lutei muito para ultrapassar esta barreira,e para tal, consenti que minha filha adotasse uma gatinha que há 12 anos vive em nossa casa. Com isso aprendi que o contato com um animalzinho era algo muito prazeiroso e gratificante.Percebi que esse convívio fez muito bem a todos,inclusive a mim própia, e que eu os havia privado desta experiência por longos anos... Aconselho aos pais que deixem seus filhos exercitarem este convívio,caso seja solicitado pela criança,pois seu desenvolvimento emocional muito ganhará com isto,e o digo por experiência pessoal.

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