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sábado, 20 de abril de 2013

Aproveite suas tristezas

A ciência (ainda) não comprovou a relação entre o surgimento de um câncer e uma grande mágoa, mas já estabeleceu o efeito nocivo que emoções negativas, principalmente por um longo período, aumentam a produção do hormônio  cortisol no organismo, debilitando o sistema imunológico e predispondo a doenças. É óbvio que dores físicas e emocionais fazem parte da vida, não há como evitá-las e não se deve guardá-las ou camuflá-las também. Todavia, podem ser trabalhadas e delas extraídos benefícios psíquicos, morais e espirituais.

A famosa abreviação da máxima paulina, "omnia in bonum", tudo concorre para o bem (dos que amam a Deus)" pode ser o ponto de partida. Ninguém acha bom uma perda, traição, doença grave, mas deve se motivar a tirar disso sua própria receita de sobrevivência, para seu bem e dos que cercam. Ficar enjaulado em seu próprio sofrimento só faz aumentá-lo; ele se agiganta e domina a pessoa e tudo que ama. Fácil é falar, mas como fazer?

Identificar o sentimento, as várias sensações negativas e seus motivos ajuda a traçar um rota de "trabalho". É ressentimento? De quem  ou do quê? O motivo persiste ou já ficou no passado? A pessoa responsável se desculpou, retificou? Então está o sofredor se alimentando de "carne" fora da validade, podre, como uma hiena histérica? Terapia; bons conselhos; conversa franca mas amável com o(a) ofensor(a;, confissão; humildade para perdoar como quer ser perdoado; essas são boas rotas de salvação.

A perda de alguém muito amado nos dá o direito
de chorar e nos debater; sofrer é mais do que natural, é normal, saudável, desde que esse luto não se prolongue indefinidamente, ainda que a saudade nunca acabe. Procurar a companhia de outras pessoas queridas ajuda, e também sair com elas, permitir-se alguma diversão amena, mudar de ambiente.

Atividades relaxantes e prazerosas, mesmo usufruídas sozinha, como colocar um DVD de que goste e dançar à vontade em casa, até ir a um show ou sambar até cansar (serve dançar rock, tango, o que for) trazem um alívio enorme, insuspeitado. E o que mais bem faz, muitos já comprovaram, é falar com o Pai, confiar na sua infinita Misericórdia, agradecer-lhe pelas inumeráveis graças derramadas em nossa vida a cada segundo, e entregar-lhe o passado, o presente e o futuro, para os que acreditam,  nas mãos de sua Mãe Santíssima, que está sempre pronta a nos acolher, acalmar e levar nossos necessidades a seu Filho.
                                                          Maria Teresa Serman

Um comentário:

Patricia disse...

Como é bom poder contar com o "colinho" de nossa Mãe do Céu nessas horas de desconsolo ou perdas grandes!

Em alguns casos, a BOA TERAPIA com profissional ético ajuda DEMAAAAAAIS!

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