Por Agnes G. Milley
Dormi pouco e muito mal. Acordei cedo e passei a manhã fazendo bobagens por conta do sono que me torturava. Trabalhar com sono é sofrido, além do tempo perdido.
Dormi pouco e muito mal. Acordei cedo e passei a manhã fazendo bobagens por conta do sono que me torturava. Trabalhar com sono é sofrido, além do tempo perdido.
Procurei o resultado de um exame em todos os envelopes etiquetados como EXAMES MÉDICOS . Era urgente achá-lo, mas não estava em nenhum dos envelopes, relativamente bem organizados. Depois de afligir-me bastante , veio-me à cabeça a pergunta assustadora: será que o abandonei em algum lugar? Farmácia, supermercado, banco, banca de jornal..? Isso tem me acontecido com certa frequência. Parei, me recolhi e então veio a resposta em forma de mais uma pergunta:
“Será que você pegou esse exame no laboratório no mês passado?” Telefonei . Ele estava lá, no laboratório, esperando por mim.
Depois, tentei fazer as contas das despesas da semana , na calculadora, três vezes, e obtive três resultados totalmente diferentes a cada nova tentativa. Acabei por optar pelo papel e lápis e aí deu tudo certo.
Parti ,então, aliviada, à procura da história da semana que também não achei, mas reencontrei um pequeno conto africano que me fez rir pela coincidência.
“Será que você pegou esse exame no laboratório no mês passado?” Telefonei . Ele estava lá, no laboratório, esperando por mim.
Depois, tentei fazer as contas das despesas da semana , na calculadora, três vezes, e obtive três resultados totalmente diferentes a cada nova tentativa. Acabei por optar pelo papel e lápis e aí deu tudo certo.
Parti ,então, aliviada, à procura da história da semana que também não achei, mas reencontrei um pequeno conto africano que me fez rir pela coincidência.
O Sono dos Três Irmãos
O velho fazendeiro morreu e os dois filhos mais velhos não se preocuparam com nada, apenas o caçula passou a noite ao lado do pai morto, chorando até a manhã seguinte, quando adormeceu de cansaço. Os irmãos mais velhos decidiram, então, dividir entre si a herança, enquanto o caçula dormia. Um ficou com a casa e os campos, o outro se apropriou dos estábulos e dos animais. Quando o caçula acordou, disseram-lhe, zombando:
“Dividimos a herança enquanto você dormia, para você sobrou apenas o sono!”
Os vizinhos estranharam que o caçula tivesse ficado quieto diante dessa injustiça, e além do mais, parecia divertir-se com a situação!
Os irmãos puseram-se a trabalhar e tiveram que trabalhar muito, pois lhes faltava agora a força do pai e a ajuda do caçula que se deitara na sombra e adormecera novamente.
À noite os dois moços que se achavam muito espertos, deitaram cansados nos seus leitos de palha, mas no momento em que o mais velho tinha adormecido o caçula foi lá, chacoalhou-o e disse:
“Ei, você não pode dormir, o sono é meu, só meu”.
E assim fez com o outro irmão também e por noites seguidas acordava-os cada vez que adormeciam. Os dois não se aguentavam mais em pé e foram falar com o homem sábio da aldeia. Este, rindo, sugeriu-lhes que fizessem a divisão da herança mais uma vez, com o caçula presente e de forma justa.
Não viram outra alternativa, pois estavam tão exaustos que nem conseguiam mais trabalhar.
E esta história é contada na África até os dias de hoje.
(Recontado por Karin E.Stasch em “Um Coração Contente” – Ed. Fernando Bilah, Botucatu – 2007)
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