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terça-feira, 29 de janeiro de 2013

"Para onde vamos?"

O título é de uma entrevista com o psiquiatra e psicoterapeuta Flávio Gikovate, publicada na revista Cláudia. Vamos resumi-la, pois fala sobre temas muito importantes, frequentemente abordados aqui no blog, e colocaremos entre aspas as citações.

Acreditava-se, segundo o dr. Gikovate, que a (chamada) "revolução sexual traria democracia, desarmaria os seres humanos". Engano profundo, pois ela transformou a mulher em mercadoria (opinião nossa), que está sempre se expondo como em uma vitrine. Não só a mulher, aliás, mas as pessoas em geral. A busca desenfreada por melhor aparência física desencadeou o consumismo exacerbado.

O profissional alerta, em especial, para a exibição no Facebook, que, na sua opinião, "atiça a inveja e mexe com a frustração". Cada um se torna uma celebridade que divulga suas próprias notícias, suas aquisições, conquistas e sucesso financeiro e social. Então, acontece o que ele especifica com muita precisão:"Olhar a vida alheia gera tensão. Não traz felicidade."

Quanto ao atual situação interna da família, também faz um diagnóstico pertinente. "Há muito egoísmo", diz ele, e complementa: "Gosta-se dela desde que se possa receber mais do que dar. As alianças são feitas entre o generoso e o egoísta. Mas quem só dá anda cansado desse papel. O desafio é equilibrar, alternar." Alguém discorda?

Continuando o pensamento, o terapeuta destaca que vivemos mais tempo hoje em dia; portanto, precisamos de mais dinheiro. E toca em uma das feridas mais abertas da sociedade atual, quando afirma que "profissão virou identidade. Você conhece alguém e já quer saber o que ele faz. Nem pergunta se ele ama, se tem filhos, um lazer...O que é ruim." Prevê ainda que as mulheres não voltarão a lidar só com a casa, e que o homem assumirá mais tarefas. No momento, seu diagnóstico é triste, mas verdadeiro: "O homem (...) se acomoda pelas facilidades eróticas. Não precisa mais fazer força para ter sexo: chega e leva. O momento é de encrenca geral."

Sua visão final, porém, não é pessimista, pois reconhece que estamos em transição. E nós avaliamos que essa transição deve ser feita baseada no amor e no respeito à dignidade inalienável do ser criado por Deus à Sua imagem e semelhança, e que, por isso, pode superar esse estágio atual de egoísmo e se dedicar aos demais, estejam em sua família humana ou não. E não somos contra o Face, pelo contrário. É uma ferramenta ótima, não para autoexibição, mas para a divulgação de ideias e atividades fundamentais, que ajudam nessa urgente revolução interior.

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