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sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Goiânia, a jovem província metropolitana

Quem sabe nos decidimos por levar a família nas próximas férias a região centro oeste do nosso Brasil? ( clicando nas fotos vemos o nome dos lugares)

Texto de Rafael Carneiro Rocha
Goiânia é uma metrópole ainda muito jovem. Fundada em 1933, o acervo arquitetônico da cidade pode impressionar visitantes acostumados com construções de séculos passados. Para o bem ou para o mal, Goiânia não tem um passado abandonado em prédios decadentes, mas ainda não tem uma paisagem urbana que evoque a estética exuberante da tradição. Porém, a importância estética da jovem de Goiânia vive no elogiado projeto do arquiteto Atílio Correia Lima (1901-1943), que se pós-graduou em Urbanismo pela Sorbonne.

No planejamento arquitetônico da nova capital do Estado, o centro urbano foi concebido a partir de três avenidas (Goiás, Araguaia e Tocantins) que confluem para a parte mais elevada do terreno em que é fundada a sede do governo. Uma quarta avenida (Paranaíba), construída perpendicularmente àquelas três, arremata um traçado arquitetônico que evoca o manto de Nossa Senhora.

Cinturões verdes também estavam contemplados no projeto de Atílio Correia Lima. Hoje, a quantidade de árvores e matas faz de Goiânia a cidade com o maior índice de área verde do Brasil. Inclusive, a campeã mundial de área verde por habitante, Edmonton no Canadá, ganha de Goiânia por uma diferença pequena (100 metros quadrados por habitante contra os nossos 94 metros quadrados).

Construções em art déco, como o Teatro Goiânia e a antiga Estação Ferroviária, tornam a cidade como um das mais significativas guardiãs desse estilo artístico no Brasil, que alia funcionalidade e requinte com as geometrizações típicas de vertentes da arte moderna, como o futurismo e o cubismo.

Uma cidade moderna criada no interior do Brasil foi o desejo dos idealizadores de Goiânia.
Mas em sua construção muito material ainda fora carregado por mulas e carros-de-boi. De fato, a combinação do cosmopolitismo com um certo espírito provinciano cria uma identidade especial para a jovem Goiânia. Morar perto do local de trabalho e cultivar um bom espírito de vizinhança são alguns valores culturais de sua população de mais de 1 milhão e 200 mil habitantes.

Caminhar em parques arborizados, confraternizar-se com amigos em bares, assistir aos jogos dos clubes tradicionais no Serra Dourada e frequentar cinemas são alguns dos programas preferidos dos goianienses. Na religiosidade, destaca-se a romaria ao município de Trindade por uma passarela de 18 quilômetros, que muitos percorrem durante a época da Festa do Divino Pai Eterno.

De certa forma, gostar de Goiânia é como gostar de uma namorada da juventude, em que descobrimos virtudes permanentes e já cultivamos para o futuro uma história repleta de grandiosidades cotidianas.
Rafael tescreve o blog: http://memoriaeidentidade.wordpress.com/

6 comentários:

Anônimo disse...

Muito bacana! Apesar de morar bem perto de Goiânia, preciso ainda conhecer a "irmã planejada" de Brasília! =)
João Felipe

Liana Clara disse...

João, Brasília é a irmã caçula, um temporão! rsrsrs.
Também fiquei com vontade de conhecer Goiania.
Este Brasil sempre nos mostra novos horizintes.

Paula Serman disse...

Muito interessante! Gostei dessa história de "namorada da juventude"! Essa comparação aguçou a curiosidade...

Rafael Carneiro Rocha disse...

haha... A Liana levantou a mesma curiosidade no meu blog. Goiânia é uma cidade muito jovem, bonita e tem uma potência de futuro e de modernidade que poucas cidades no Brasil possuem. É impossível não ser apaixonado por esta cidade.

Lili disse...

Moro em Goiânia e sou feliz aqui.
Tenho verdadeira paixão por essa cidade.

Lili disse...
Este comentário foi removido pelo autor.

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