Nestes dias tive a oportunidade de fazer uma feijoada em casa para receber a família e amigos.
O interessante é ver que é um prato que não se consegue fazer em pouca quantidade. Vamos colocando, um pouco de carne seca, outro tanto de lombo, mais linguiças e paio, sem esquecer-se de uma costelinha salgada; e quando vemos, estamos com um caldeirão de feijão, repleto de carnes saborosas. Tudo isso acompanhado de um arroz branco soltinho, farofa, couve a mineira e umas fatias de laranja pera, para quebrar um pouco de toda essa comida nada leve, porém ultra saborosa.
Numa casa de brasileiros, esta é uma comida bem usual. E tem todo um ritual para ser consumida, agregando a todos e tornando a refeição em um verdadeiro ritual gastronômico. Não pode faltar a cerveja bem gelada e a caipirinha ou caipivodka que também fazem parte da entrada, acompanhada do perigoso torresminho, muito gorduroso, apesar de ser uma delícia.
É um prato com origem no norte de Portugal, e hoje em dia constitui um dos pratos mais típicos da cozinha brasileira. Em Portugal, cozinha-se com feijão branco no noroeste com feijão vermelho e geralmente inclui também outros vegetais (tomate, cenouras ou couve) juntamente com a carne de porco ou de vaca, às quais se podem juntar chouriço, morcela ou farinheira.
A feijoada conhecida, feita de feijões pretos e de vários tipos de carne de porco e de boi, que chega à mesa acompanhada de farofa, arroz branco, couve refogada e laranja fatiada, entre outros ingredientes, é conhecida em Portugal, como feijoada à brasileira. A feijoada completa é um prato legitimamente carioca, que se tornou um símbolo da culinária nacional.
Vale a pena, fazê-la pelo menos uma vez ao ano, para reunir toda a família para saborear esta iguaria simples de se fazer, mas que guarda todo um conceito da culinária de nossos antepassados.
2 comentários:
Liana, então a feijoada não tem origem nos escravos ? E parabéns !!! As fotos não enganam ! Tenho certeza que ficou muito bom !!!
Eduardo a feijoada veio para o Brasil pelos portugueses. O resto é lenda. Nossos escravos com certeza aprenderam a fazer com seus senhores e aprimoraram.
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