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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Colocando os filhos para arrumar

Por Maria Teresa Serman

As férias acabaram e estamos de volta às atividades ditas normais. Se a virtude da ordem é sempre fundamental, nestes tempos de trabalho e estudo ela é como o ar que respiramos. E isso inclui os pequenos membros da família também, pois quem disse que crianças não podem participar do empenho coletivo em manter a casa arrumada? Vamos ver algumas iniciativas que envolvam os filhos nessa luta contínua, que tal?

1- Conselho às mulheres: não deixem os maridos de fora, eles são peças essenciais para o projeto familiar da ordem, além de serem corresponsáveis pela educação dos filhos. Peça ajuda, e estimule-o a dar exemplo aos pequenos, senão será "faça o que eu digo, não faça o que eu faço". O exemplo move, pressiona favoravelmente.

2- Não seja a voz da crítica, a chata, a insuportável. Tenha paciência com o aprendizado das crianças ( e do marido também) e seus fracassos. Elogie quando conseguem, cobre com delicadeza, oferecendo exemplos concretos de como podem ajudar e não os martirize com gritos e suspiros de incompreendida. Quanto aos adolescentes, encarne o bom humor e talvez sobreviva. Brincadeirinha!

3- Ensine desde cedo os pequeninos - pequeninos mesmo, meu neto de dois anos já guarda as coisas, a mãe vem treinando isso com persistência. Nada de brinquedos, papéis e lápis espalhados. O processo é lento, para ensinar e para guardar, mas vale a pena, eles aprendem e não esquecem. Outro dia, o Pedro tomou a iniciativa de catar as coisas sem que lhe pedissem.

4- Explique as vantagens da ordem no quarto deles, e das responsabilidades de cada um no cuidado da casa. Eles logo perceberão o quanto fica melhor um ambiente arrumado. Não se esqueça de elogiar cada sucesso e agradecer pela contribuição.

5- Em uma época difícil, trabalhando muito fora e sem auxiliar nos encargos da casa, ensinei meus filhos a fazerem várias tarefas variadas, como passar roupa, limpar, fazer compras. Deixava que escolhessem entre si, eram pré-adolescentes então. Se não chegavam a um acordo, eu sorteava os itens, ou os cômodos, no caso da limpeza. O resultado é que passaram a valorizar (na época, acho que vou fazer isso de novo!) o esforço e aprenderam a executar bem vários desses trabalhos, o que até hoje sabem.

6- Não seja machista, distribua encargos entre meninos e meninas, mas pode fazê-lo de acordo com as aptidões e preferências também. Só varie de vez em quando para que todos aprendam principalmente aquilo que não valorizam ou de que não gostam. É uma excelente preparação para a vida.

7- Mesmo os mais pequeninos podem receber tarefas de acordo com suas possibilidades, como levar aos poucos a roupa lavada para o quarto, e até mesmo guardar uma peça ou outra, com a devida supervisão. Eles se sentirão importantes.

As tarefas do dia podem ser escritas em um quadro ou mural, para aqueles que já leem. Para os menores, é necessário dar instruções mais pormenorizadas, repetindo-as sempre que esquecerem, e corrigindo com afeto qualquer desvio de curso. E que fique claro que há responsabilidades individuais constantes e repetidas a cada dia, como fazer a cama, pendurar a toalha molhada, levar a roupa suja para o cesto, lavar o copo e prato utilizados e manter o material escolar e familiar em bom estado, além de evitar desperdícios e sujeiras por descuido.

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