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quarta-feira, 14 de março de 2012

INSEGURANÇA FEMININA (2ª parte)

Por Dora Porto

As competências adquiridas no âmbito familiar podem ser aplicadas a qualquer outro âmbito. O tempo que uma mulher dedica a estar mais em casa, a cuidar dos filhos e, por isso, diminuir as horas de trabalho, em hipótese alguma é um tempo estéril. As empresas europeias que têm o selo de "familiarmente responsáveis" garantem que a mulher, depois de ser mãe, adquire competências que elevam seu nível profissional.

Mas o nosso problema é que sempre estamos insatisfeitas de estar onde estamos. Faltam- nos foco, metas, planejamento e avaliação. E sem isso, nem profissional, nem familiarmente nos realizaremos. E sem autorrealização, a nossa autoestima cai por terra. Acabamos nos tornando pessoas desinteressantes, cansativas, carentes... Se soubéssemos dar a cada fase e momento de nossas vidas sua real importância, certamente evitaríamos muitos dissabores no nosso dia a dia. Temos, enfim, que colocar os meios para chegarmos a esta segurança que tanto desejamos! Donna Brooks, no seu livro "Seven Secrets of Successful Women", aponta-nos algumas luzes que podem certamente nos ajudar: trata-se de utilizar a estratégia dos 4 "P"s... Em cada sucesso alcançado estão na retaguarda quatro componentes essenciais: PERFORMANCE: pensar no seu desempenho. Como mãe e esposa, e também como profissional. Se você é uma profissional e está, por exemplo, num novo emprego, vai se organizar, estabelecer metas, procurar conhecer o dia a dia da empresa para render ao máximo. E na sua casa? Não é porque não há novidade todos os dias que você não pode profissionalizar o seu lar. Quando seu desempenho profissional dentro de casa melhora, a família sente, fica animada e, consequentemente, você se sente muito mais feliz e realizada.

PERSEVERANÇA: continuar o começado, ultrapassando as dificuldades e resistências que possam aparecer. Isso nos soa muito familiar! Afinal, quem nunca fez planos de melhora? "Agora vai!", dizemos tantas vezes. Mas por que não vai? Talvez falte essa virtude espetacular, que se adquire com a repetição de atos. Para ser perseverante, começa-se "não sendo", mas agindo como se fosse! Faça-se esta pergunta: se eu fosse perseverante, diante dessa dificuldade, o que faria? E faça! Muitas vezes! Até adquirir o hábito.

PRÁTICA: muito unida à perseverança está a prática. Pois, como vimos, é preciso agir como se já fôssemos possuidores dessa competência. Isso requer praticar nas coisas mais insignificantes do nosso dia a dia. Por exemplo: fechar todos os dias aquela gaveta do banheiro; determinar todo dia que comida vai fazer; guardar todos os dias cada coisa no seu lugar. Parece pouco? Experimente! Depois transfira essa experiência para qualquer outro âmbito de atuação.

PACIÊNCIA: naturalmente vamos precisar de muita paciência! E sabem o que é a paciência? É a ciência da paz. É aprender a padecer (qualquer tipo de incômodo, grande ou pequeno) sem perder a paz. Não há trabalho, situação, sucesso, que não esteja recheado de muitas horas de paciência. E quem cultiva a paciência é muito mais sereno, muito mais feliz. Aliás, quando você achar que está "perdendo a paciência", uma boa notícia: a paciência não se perde num momento, como não se adquire num só instante. O que perdemos é a serenidade, e esta nós podemos recuperar começando tudo de novo; performance, perseverança, prática e...paciência!

Temos tudo para sermos felizes! Só é preciso saber e querer!

Da revista Ser Família - Ano III - Nº 21

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