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domingo, 26 de junho de 2011

A missa e as crianças


Fui à missa na Candelária por São Josémaria Escrivá, foi sensacional! Muitíssimas pessoas dando graças e louvores a Deus! Sempre me emociono muito, numa missa como esta, pois várias pessoas dão testemunho do que é a Obra (o Opus Dei) na vida delas, e o que representa São Josémaria para a Igreja, para cada pessoa que busca a santidade no meio do mundo.

A igreja ficou lotada de ponta a ponta com muitos adultos, e enfeitada de crianças das mais variadas idades, mostrando as famílias jovens se renovando e tendo a coragem de gerar seus filhos e acostumando-os desde pequenos a viver a fé de seus pais.

Tudo isso me fez lembrar o tempo em que os meus filhos ainda bem pequenos iam conosco às missas dominicais e festivas, participando de tudo ao nosso lado. Por isso aprenderam desde cedo a fé católica e também a saber se comportar em lugares públicos, ou que exigissem maior respeito e silêncio.

Desde cedinho levávamos conosco a criançada à igreja, meu marido e eu, e tínhamos como costume colocá-los entre nós dois, limitando assim o espaço que eles teriam para se movimentar durante a missa.

Sempre chegávamos cedo para conseguir um banco onde coubéssemos todos, num local mais discreto da igreja, e assim armávamos o nosso esquema para não perturbar os outros, e também para que eles não agitassem as nossas crianças.

Levava a “munição” necessária para o tempo da missa: água, biscoitinho, brinquedinho para os bem pequenos , de preferência os que fossem suaves e não provocassem barulhos. Tudo planejado e calculado, sem deixar de fazer as recomendações em casa ou pelo caminho, para que os maiores entendessem que deveriam se comportar e ficar em silêncio, porque estaríamos na casa de Deus, onde todo o respeito e reverência eram necessários para mostrar o nosso amor ao Pai.

O interessante é que funcionava com as crianças, e depois, conforme iam crescendo, os maiores nos ajudavam a manter a mesma disciplina com os pequenos. É claro que muitas vezes assisti missas de corpo presente, tendo que ficar com um olho na missa e outro no bebê agitado ao meu lado, ou no meu colo (talvez por isso minha coluna reclame tanto atualmente), mas nem por isso deixava a peteca cair. Quando cansava, revezava com meu marido, e assim assistíamos a todo o sacrifício imolado de Jesus, oferecendo o nosso mínimo sacrifício do dia.

Havia uma interação surpreendente ente nós e as crianças, bastava um olhar bem dado e o agitadinho logo entendia que era pra ficar quieto e parasse de subir e descer do banco; sem contar que bastava eu dizer: "fica quieto", ou "vamos lá fora pra conversar", que o molequinho bem pequeno já sabia que eu não estava brincando, e que era melhor sossegar do que ter a tal conversa ao pé do ouvido. Não existiam tantas regras de educar, quando eles eram pequenos, mas nem por isso as nossas foram demasiadas austeras ou castradoras.

Os filhos, hoje, podem atestar aqui, a veracidade das minhas palavras. Graças a Deus todos, sem exceções, estão saudáveis e sem complexos, levando a vida pra frente, e fieis à nossa Fé e ao amor a Deus, sem traumas.

9 comentários:

Anônimo disse...

É verdade , já não se fazem mais olhares como os de antigamente!

Mª Teresa disse...

A missa foi muito boa mesmo, com muito recolhimento e alegria, ao mesmo tempo! E suas lembranças muito oportunas, pois os pais não andam levando os pequenos a aprender uma vida de piedade, ou, quando os levam à igreja, deixam-nos à vontade demais. É preciso ensinar a piedade e os bons modos, mas dá trabalho, como vc ressalta.

Liana Clara disse...

Olá Maria Teresa, sempre é oportuno seu comentário. Ajuda a completar a idéia inicial que me levou às lembranças....

Bia Zelesco disse...

Por falar em lembranças recordo-me quando levávamos os nossos rebentos à missa. Começavam a frequentá-la desde bebés e quando aprenderam a andar, nós, meu marido e eu nunca, jamais fomos atrás delas. Sentadas ao nosso lado com brinquedinhos que não faziam barulho e, maravilha das maravilhas, livros com muitas figuras. Ficavam um bom tempo passando e repassando as páginas e, quando cresciam um pouco, livros com histórias da Bíblia. Lógico que não escaparam do nosso olhar significativo nem da conversa lá fora. Sabiam também que quando tocava o sino tinham de ficar bem quietinhos, ajoelhados, porque lá na frente estava Deus.
É, Ma. Teresa, dá trabalho, mas acabamos ganhando porque, além de assistirmos razoavelmente bem a missa, as crianças acabam aprendendo como comportar-se.
Lembro mais atrás ainda quando eu era criança e acompanhava meus pais na missa, mamãe emprestava-me uns santinhos do seu livro de orações e eu ficava completamente embevecida.

Liana Clara disse...

Oi Bia
são estas belas recordações que nos dão vontade de passa-las adiante, pois valeram a pena!
Livros! Uma ótima idéia para ocupar as crianças pequenas enquanto aprendem a respeitar o tempo dos pais nas horas necessárias. Muito bem lembrado.

Pedro disse...

Eu lembro de uma mão que levava um menino chamado Luís Fernando para dar um passeio quando ele fazia baderna na Missa.

Ele voltava do passeio, calminho ...

Anônimo disse...

Eu e meu marido costumamos levar nossos quatro pequenos nas Missas. Usamos de todos os recursos que vocês falaram para ajudar a educar as crianças a se portarem na casa de Deus. O recurso de lanchinho e brinquedos só para os bem pequenos e tentamos substituir logo por livrinhos relacionados com a Missa, albinhos com estampas de santos, etc. Aos poucos eles começam a prestar a atençao para um ponto ou outro da própria celebração, até que estão acompanhando a Missa toda e pensando sobre ela. Outras vezes somos obrigados também a dar um passeio lá fora com algum mais agitadinho, rsrsrs.
É engraçado como isso tem chamado a atenção das pessoas e muitos vem conversar com os pequenos depois.!!!
É bom ver o depoimento de quem já tem os filhos crescidos, para ver que vale a pena seguir neste caminho de levar SIM os filhos às Santas Missas (ainda que passemos um pouco de trabalho).
Um abraço,
Fernanda Siqueira

Liana Clara disse...

Cara Fernanda, vale a pena sim! Gastar tempo com os filhos na educação é um grande investimento e na piedade também e isso eles aprendem desde cedo com nosso exemplo.
Parabéns pelos seus filhos.

Anônimo disse...

Lendo o artigo e os comentarios,sinto-me privilegiada de ter sido ensinada desde pequena,a me portar na igreja, a respeitar,e tambem de sempre "inaugurar" uma roupa nova na Missa. Tambem me ensinaram a quando encontrar um padre, pedir a sua bençao.

Atualmente, ja como avó,dias atras, disse ao meu neto de 8 anos, que ao se dirigir a Missa, ir pensando nas coisas que poderia agradecer e/ou pedir a Jesus.
Penso que assim, ele possa se sentir mais participante.

Maria Auxiliadora

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