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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Uma ida divertida ao cinema: O discurso do rei

Por: Rafael Carneiro Rocha

Eu gostei muito do filme “O discurso do rei”, que está em cartaz nos cinemas. A luta do Rei George VI (1885-1952) para superar a gagueira me fez pensar numa metáfora para a cultura aristocrática do mundo moderno: como é difícil dar voz para os bons valores!

Particularmente, tenho simpatias pelo monarquismo, porque no papel é um regime político onde os poderosos precisam cultivar grandes virtudes para inspirar a população. São sociedades onde os comportamentos podem ser mais nobres e a cultura pode ser mais refinada.

Os valores aristocráticos, que dificilmente encontram voz na modernidade cínica e desencantada, foram importantes para a Inglaterra que se viu à beira dos horrores da II Guerra Mundial. Era preciso que a população se sentisse encorajada e protegida por Deus. Coube, então, a George VI uma missão até certo ponto irônica. Mas os ideais da nobreza resistiram bravamente quando aquele homem que gaguejava se tornou capaz de estimular, com a sua voz, os sentimentos esperançosos da nação.

George VI precisava falar, do seu modo, muito bem. Mas, como ensinam os bons costumes, é a mulher que sempre faz o homem, então foi a sua esposa que tomou para si a responsabilidade de buscar alguma solução para a gagueira do marido. Encontrou para ele um “terapeuta da fala”. As cenas de treinamento obedecem a um esquema previsível de amizade construída em meio a hesitações, mas o confronto entre os grandes atores Colin Firth e Geoffrey Rush é fundamental para a força do filme.

Ao fim, o público cinematográfico, assim como a nação britânica, aplaude. O discurso do rei é espetacular. Boa pedida para adolescentes e adultos!




5 comentários:

Patricia disse...

É mesmo um achado esse filme! Não faz mal nenhum a gente aprender mais um pouco sobre a HISTÓRIA MUNDIAL, enquanto admira as VIRTUDES de quem precisa tantas delas para superar problemas sérios, como no caso do pai da atual Rainha Elizabeth da Inglaterra! Não dá nem pra acreditar que eles têm antepassados tão pouco virtuosos como foi HENRIQUE VIII!

Anônimo disse...

Muito interessante o comentário sobre a Monarquia. Nunca pensei desta maneira. Eu votei na Monarquia no Plebiscito dos anos 90 aqui no Brasil.

Algo me dizia que este filme era bom. espero que leve muitos prêmios.


Eduardo Pereira

Rafael Carneiro disse...

Eu sou simpático à ideia dos reis como indivíduos dotados de profundo senso de dever. Apesar das "regalias", o bom monarca é educado desde a tenra infância para sacrifícios em prol de seus súditos, que devem tê-lo como inspirador de virtudes e protetor dos interesses da sociedade. Na modernidade, os poderosos eleitos pelas supostas democracias gozam de "regalias", mas raramente são pessoas bem educadas, cultas e inspiradoras.

João Felipe disse...

Quero assistir o quanto antes!

Francisco disse...

Recomendo o filme. Muito bom!
De fato, a esposa do rei tem papel importante na trama, onde se destaca seu valor de companheira de todas as horas. Por trás de um grande homem, há sempre uma grande mulher. Sensacional!
Francisco Lopes

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