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quarta-feira, 7 de julho de 2010

A vida ao vivo, nasce o bebê - 1ª parte - Partos

Por Maria Teresa

Hoje está em foco o nascimento do bebê. Nessa hora especial, há vários protagonistas: os dois fisicamente envolvidos, mãe e filho, e o terceiro, que não participa fisiologicamente do momento, mas tem vital importância para os dois primeiros - o pai.
O tema é polêmico em suas variantes. Hoje vamos falar sobre os tipos de partos. Atualmente há o parto natural e suas especificidades; o parto normal e a cesariana. Esta última, como depende de circunstâncias a critério médico, não será objeto deste texto.

Parto Natural
É quando o médico simplesmente acompanha o parto. É o parto normal sem intervenções como anestesias, epsiotomia e indução. O ritmo e o tempo da mulher e do bebê são respeitados e a mulher tem liberdade para se movimentar e fazer aquilo que seu corpo lhe pede. A recuperação é rápida. Para o alívio das dores, é importante a mãe aprender no seu curso de gestantes técnicas de respiração e relaxamento e sentir-se segura do que quer.

Desde algum tempo, em resposta às altas taxas de cesarianas registradas no Brasil, teve início um forte movimento em prol do parto normal. Já em relação aos obstetras, houve certa apreensão quando a campanha começou a incentivar o parto em casa, muitas vezes localizadas longe dos hospitais e, principalmente, pela impossibilidade de se converter um parto normal em cesárea no caso de uma emergência. Desde que a modelo Gisele Bunchen teve seu filho Benjamim em casa, o parto domiciliar, que vem ganhando força há alguns anos, entrou definitivamente em moda.

É preciso entender, porém, que nessa situação a possibilidade de socorro numa emergência é muito pequena. A mãe pode necessitar de cuidados mais amplos.;o bebê pode precisar de procedimentos de oxigenação, por exemplo. O parto domiciliar frequentemente tem o respaldo de uma ambulância preparada para quaisquer dessas eventualidades, o que encarece o processo.

O parto normal
É aquele realizado em ambiente hospitalar, com assistência médica e de enfermagem, e equipamento de suporte para os casos de emergência, como aparelhagem de anestesia, oxigênio e neonatologistas experientes em reanimação neonatal.

O momento do parto pode ser decisivo para as demais etapas da vida do ser humano.

Há duas vertentes que apresentam suas opiniões bem fundamentadas. A gestante, junto com o pai do bebê e o médico que a assiste, deve decidir livremente o que considera mais adequado e prudente. Parece que nossas antepassadas não estão tão ultrapassadas, afinal. Isso fica bastante evidente no texto a seguir. E há a novidade da doula. O que é? Na verdade, quem é? Vocês verão daqui a pouco.

Parteiras treinadas
São aquelas profissionais que cursam em nível superior o curso de Obstetrícia e são treinadas para atender partos de baixo-risco e, ao mesmo tempo, desenvolvem habilidades específicas para identificar os casos de alto-risco, providenciar suporte básico de vida em emergências,encaminhando imediatamente ao hospital, quando necessário. Essas profissionais, como a que atendeu Gisele Bundchen, estão aptas para prestar o atendimento à mãe durante todo o parto, bem como para assistir o bebê imediatamente após o nascimento e nas primeiras 24 horas de vida. Embora não haja necessidade de equipamentos sofisticados ou de UTI à porta da casa da parturiente, o material básico de reanimação neonatal é providenciado pelas parteiras certificadas. Parteiras também podem atender em hospital, de forma independente ou com médicos.


Doulas - O que são Doulas?
A palavra "doula" vem do grego, e significa "mulher que serve". Explicado?
Nos dias de hoje, essa palavr
a serve para denominar as acompanhantes de parto que oferecem suporte afetivo, físico, emocional, e de conhecimento para as mulheres. Esse suporte pode ser dado antes, durante e depois do parto. Antigamente os partos eram realizados pelas parteiras que cuidavam da mulher em todos os aspectos. Hoje os partos são feitos em hospitais com uma equipe especializada : obstetras que têm a função de fazer o parto, pediatra para avaliar a saúde do bebê, enfermeiras e auxiliares que devem auxiliar os médicos para que nada falte e atender as outras mulheres também. E quem oferece assistência à mulher que está dando à luz?

Esse é o papel da Doula, atender as necessidades da mulher. O ambiente hospitalar e as pessoas desconhecidas geram na mulher medo, dor e ansiedade na hora do parto. Ela, então, oferece todo apoio afetivo e emocional para que a mulher sinta-se segura e tranqüila para um dos grandes momentos da sua vida: o nascimento do seu filho.

Antes do parto, esta profissional ajuda os pais a refletirem e escolherem suas opções para o parto, explicando os diferentes tipos, as vantagens e desvantagens, as intervenções que podem ser realizadas, e prepara a mulher para quando chegar a hora do parto.

Durante o trabalho de parto, serve como uma ponte entre os complicados termos médicos e a parturiente, oferece massagens, ajuda a parturiente a encontrar posições mais confortáveis para o trabalho de parto, mostra formas eficientes de respiração e propõe medidas naturais que podem aliviar as dores, como banhos, massagens e relaxamento.

A Doula não substitui o acompanhante e não é parteira. Ela também dá suporte e orienta o acompanhante a oferecer apoio e conforto à mulher, mostrando como ser útil, e controlando a tensão.

No parto cesárea, ela também se faz importante, pois continua dando apoio, conforto e ajudando a mulher a relaxar durante a cirurgia. Depois do parto, oferece assistência e apoio em relação aos cuidados pós-parto, à amamentação e cuidados com o bebê.

Não é função da Doula realizar qualquer procedimento médico, como fazer exames, aferir pressão ou administrar medicamentos e cuidar da saúde do bebê. Ela oferece segurança, tranqüilidade e conhecimento para um parto seguro e não substitui nenhum profissional envolvido na assistência ao parto.

Em um segundo momento vamos falar sobre os cuidados subsequentes: pós-parto (puerpério), aleitamento e cuidados com o bebê e a mãe.

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