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domingo, 12 de junho de 2011

Dia dos namorados e de Stº Antônio - um pacote completo

Por Maria Teresa Serman

Deveríamos dizer um embrulho completo, pois hoje é dia de festas para o comércio. Contudo, não é essa a intenção deste texto: enfatizar o aspecto material do presente a ser trocado entre os namorados, mas o do próprio namoro, e a ligação que esse vínculo tem a ver com o santo, conhecido como casamenteiro.

Por que o povo o considera assim? Conta-se uma história segundo a qual Stº Antônio, famoso como confessor e conselheiro de almas, ouviu de uma moça pobre que não poderia casar-se com seu amor porque, segundo inexorável, ainda que injustíssimo, costume da época, não tinha dinheiro para o dote. O santo escreveu um bilhete e lhe disse que levasse a um ourives amigo dele, e que lhe pedisse o peso do recado em ouro, conforme rogava Antônio ao homem. O ourives riu-se, mas resolveu pesar o papel manuscrito, e, para seu enorme espanto, isso indicava uma vultosa quantia em ouro, que, este, convencido pela força sobrenatural do fato, entregou à apaixonada, e ela pode se casar.

Sempre é importante lembrar que, em primeiro lugar, os santos INTERCEDEM por nós junto a Deus, não são eles mesmo que concedem as graças, o que ocorre usualmente após sua morte, quando estão junto do Pai. Porém, como Stº Antônio, assim como outros santos (acabamos de ler sobre fatos miraculosos acontecidos durante a vida do novo Beato João Paulo II), vivia em comunhão tão íntima com a Ssma. Trindade, pode já em vida ganhar dEla esse favor. Apesar disso, os homens de santidade comprovadamente heróica na terra, por isso beatificados e canonizados, não devem servir para nós como meros instrumentos para ganhar favores extraordinários, mas como exemplo de vida a ser seguido. Nosso santo do dia, por exemplo, era profundo conhecedor do Antigo e do Novo Testamento, e, por meio desse conhecimento incomparável, pregador e conversor de almas. Em um de seus milagres mais famosos ainda vivo, ao falar na beira do mar, relatou-se que os peixes pulavam repetidamente à superfície, como se também quisessem ouvi-lo. Deus permite esses acontecimentos para manifestar ainda mais Sua Misericórdia e Glória.

Voltando aos namorados, não tentem recorrer ao santo casamenteiro para arranjar um “ficante”, um caso, uma aventura. Ele é o protetor dos verdadeiros namorados, aqueles que procuram o seu amor genuíno e irrepetível, com quem pretendem constituir um CASAL ("homem e mulher Ele os fez"), contrair MATRIMÕNIO e fundar uma FAMÍLIA. A intercessão dos santos, mais uma vez enfatizamos, tem por objetivo a igual santidade dos demais seres humanos que a eles recorrem como exemplo e incentivo. O casamento entre um homem e uma mulher é um importante passo rumo à essa santidade, heróica como foi dito, vivida nos detalhes cotidianos e simples do dia a dia, mas que, pelo amor sacrificado e cuidado diariamente, "transformam a prosa diária em poesia heróica", como maravilhosamente definiu S.Josemaria, fundador do Opus Dei, ele também um excelente casamenteiro, podem crer. Deus, como afirmava ele, "abençoa o amor humano", pois esse tipo de amor sacrossanto pelo sacramento é obra e desejo Seu.

Namorados, noivos, casados, e até viúvos, ouso dizer, devem aproveitar este dia para celebrar o verdadeiro amor que transcende essa existência e continua robusto e reinventado, na eternidade.

2 comentários:

Anônimo disse...

Muito interessante Tetê. Santo Antônio sempre me lembra o vovô, por motivos óbvios. Mas eu não conhecia nada da sua história. Muito legal mesmo!!! Beijos, Elaine

Anônimo disse...

O, Elaine, que bom que vc gostou da história dele. Espero que fique "doutora" nesse santo, pois os que a ele recorrem nunca ficam decepcionados, eu estou de prova! Bj, MT

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