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quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Lendas do nosso folclore para contar as crianças – 1

Contar as crianças as lendas do nosso folclore, é uma boa diversão nas férias para pequenos momentos de descanso ou para aqueles dias chuvosos onde não temos mais o que fazer para distrair a garotada.

Aí vai a lenda do Caipora ou Curupira
É oriundo da Mitologia Tupi que os índios já conheciam desde a época do descobrimento. Índios e Jesuítas o chamavam de Caiçara, o protetor e senhor da caça e das matas, cujos segredos sabe e defende.

É um anão de Cabelos Vermelhos, com Pelo e Dentes verdes ou azuis. Como protetor das Árvores e dos Animais, costuma punir os agressores da Natureza e o caçador que mate por prazer. Diz-se muito poderoso e forte.

Seus pés voltados para trás, serve para despistar os caçadores, deixando-os sempre a seguir rastros falsos. Quem o vê, perde totalmente o rumo, e não sabe mais achar o caminho de volta. É impossível capturá-lo. Para atrair suas vítimas, ele, às vezes chama as pessoas com gritos que imitam a voz humana. É também chamado de Pai ou Mãe-do-Mato, Curupira e Caapora. Para os Índios Guaranis ele é o Demônio da Floresta. Às vezes é visto montando um Porco do Mato.
Uma carta do Padre Anchieta datada de 1560, relatava: "Aqui há certos demônios, a que os índios chamam Curupira, que os atacam muitas vezes no mato, dando-lhes açoites e ferindo-os bastante".

O Curupira foi o primeiro duende selvagem das Américas que o europeu documentou em papel. Do litoral paulista, em maio de 1560, José de Anchieta o divulga aos países distantes. A maioria dos cronistas coloniais inclui seu nome entre os entes mais temidos pelos índios.

Dentre as muitas lendas, conta-se que o Curupira, algumas vezes vira-se em caça que nunca pode ser alcançada, mas que nunca desaparece dos olhos do caçador, que, com a esperança de alcançá-la, deixa-se levar aos confins da floresta, de onde não consegue mais sair, já que seus rastros, que o poderiam guiá-lo de volta, são apagados.Também, dizem que ele é o pai do moleque Saci Pererê.

Vigiando árvores, conduzindo manadas de porcos-do-mato, veados ou pacas, assobiando estridentemente, corre o pequeno e ágil duende, o mais vivo dos deuses das florestas, o derradeiro justiceiro e protetor da vida silvestre, o preferido das estórias infantis.

No Amazonas, geralmente tem apenas 4 palmos. Nas regiões de Santarém, Rio Negro e Tapajós, ora é calvo, ora de cabeça pelada e corpo peludo, ou com um olho só; pernas sem articulações e sem orifícios para as excreções. Em sua viagem para o sul o Curupira passa a se chamar Caapora, Caiçara, Zumbi, e é amigo dos cães e porcos-do-mato. Em Pernambuco só tem um pé. Do Maranhão ao Espírito Santo chama-se Caipora. e gosta de aguardente e fumo. Nas matas do Pará, Amazonas e Acre, a Caipora moderna, aceita comércio amoroso com os homens. Mas quem a trai leva uma surra de cipó espinhento. No Nordeste, a Caipora, que é mulher, monta o porco-do-mato e ressuscita os animais abatidos.

É bom que fique claro para as crianças, que isso é lenda, logo, história fantasiosa, produto, muitas vezes do medo e da imaginação.

Um comentário:

Anônimo disse...
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