Chegou a hora de nos despedirmos de Laura e Marcelo. Como realizador, a despedida dos personagens na entrada da Igreja é a minha cena preferida. Da composição em contraluz, que faz referência a uma cena clássica do faroeste (a partida de John Wayne em Rastros de ódio), ao tom de humor agridoce que conseguimos, eu penso que todo o coração do filme está nos três “ei” que Laura grita para Marcelo.
Sempre pensei em Bora Bora como uma historinha de amor. Mas não uma comédia romântica convencional. Queria um filme em que os personagens fossem tão atrapalhados que não tivessem tempo para as reviravoltas românticas. Eu preferi cenas mais simbólicas, como por exemplo, a preocupação de Laura em impedir a crise alérgica de Marcelo, ou a cumplicidade dele em protegê-la da vista dos professores que, aparentemente, a estavam “perseguindo”.
Por fim, na cena derradeira, aquele “movimento contrário” de Marcelo no clímax musical do Danúbio Azul, com a bagagem nas costas, eu quis criar um símbolo religioso que encerrasse Bora Bora. No fim da história, o movimento do homem é aquele.
Espero que gostem. Muito obrigado!
Ah! E não deixem de ver os erros de gravação e os créditos de todas as pessoas que generosamente dividiram comigo a produção de Bora Bora.
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
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2 comentários:
Por algum problema no download do meu computador, só pude assistir à primeira parte de Bora-Bora. Não sei quando o problema será sanado (dois técnicos já vieram e não foram capazes de resolver). Espero que o filme continue quando estiver pronta para vê-lo.
Sttela você pode assistir direto aqui na página, sem precisar baixar no teu computador.
É claro, se você esta falando da produção do Rafael.
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