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sexta-feira, 7 de março de 2014

Desenvolvendo aptidões criadoras e talentos naturais nos filhos

A aprendizagem de um instrumento musical pode ajudar a formar uma personalidade muito rica. Podemos encaixar aqui também, as exposições e visitas a museus. Tentar chamar atenção dos filhos para algo que possa agradar e criar interesses. Se soubermos algo de um quadro, por exemplo, a história que representa, contá-lo. Assim criaremos o interesse desde cedo.

A televisão, como o meio de entretenimento, não causa, por si só, prejuízo à convivência familiar. Assistir a um jornal e ouvir a reação de cada um, perante determinada notícia, é útil para que cada pessoa conheça melhor os seus familiares.  Porém, ela nunca deverá se converter num meio para manter toda a família em casa: a família inteira ao redor da TV e todos em silêncio. É verdade que pouco podemos influir nos programas que a televisão nos oferece, mas cabe-nos selecioná-los, interpretar o seu conteúdo e convertê-los num meio de comunicação sadia. Se conseguimos isto, então teremos convertido o, “assistir pacificamente” a TV, em algo educativo e formativo. Temos de saber interpretar o conteúdo dos programas e passá-lo aos filhos. Diálogo confiado e sincero entre pais e filhos para esclarecer dúvidas, assuntos confusos ou deformações da realidade.  

Selecionar os programas é a primeira coisa a fazer. Não podemos sentar na frente da televisão e aceitar qualquer coisa, muito menos que nossos filhos o façam. Devemos, nós, os pais, escolher horários e programas adequados. É nossa obrigação. Saber que os pais assistem a programas de qualidade é um exemplo prático de bom uso da televisão. A  imagem tem um valor comunicativo inegável, certamente superior ao da palavra. A diferença entre assistir um filme na televisão e no cinema é muito grande. No cinema, estamos isoladas, ninguém nos irá interromper, há todas as condições para nos desligarmos do ambiente e nos envolvermos com o filme: a escuridão, o som, a tela grande. Por isso, a imagem de um filme fica gravada com maior facilidade, de maneira que os seus efeitos, positivos ou negativos, deixam marca duradoura e mantém na pessoa um eco prolongado, que às vezes fica impresso para sempre. É grande a responsabilidade dos pais perante os filmes que os filhos vão assistir.

Devemos levar em conta a manipulação de valores, muitas vezes sub-reptícia, saber diferenciar qualidades, distinguir as intencionalidades verdadeiras das falsas. Estarmos a par do que veem os nossos filhos não é tão fácil quanto eles já começam a andar sozinhos. Porém, se tivermos criado o hábito de comentar e analisar criticamente os filmes, quando atingirem a adolescência, tornar-se-á menos difícil a seleção de filmes do jovem e a participação dos pais nela.

Essa troca de impressões entre os pais e os filhos é o ideal, mas só é viável se diariamente se vai construindo este estado de confiança, que leva a não esconder nada.

Criar o hábito da leitura não é uma tarefa difícil, se começamos cedo. O mais cedo possível. Quando o bebê nem senta e lhe damos uns chocalhos e outros brinquedos para se distrair, podemos inserir aí o livrinho de plástico, com uma ou duas gravuras por página.  Já maiorzinho, contamos o que está no livro. O bebê ainda não fala, mas gosta de ouvir a nossa voz, gosta de ver as figuras coloridas.  Depois, os livros cartonados e por aí vai.

Com os livros, os pais vão apresentando o maravilhoso mundo das histórias aos seus filhos. Lermos um pouco antes de dormir, lermos outra história no meio da tarde, quando ele parece meio enjoadinho; lermos com prazer de quem está abrindo um mundo novo ao filho: alegria, animação, como se fosse um brinquedo. Darmos de presente livros, muitos livros, bons livros.  Então quando ele puder ler sozinho e começar por si próprio a desvendar o mundo da leitura, por que não irá fazê-lo? E nós atrás, sempre que possível presenteando com mais livros. Criaremos, assim, um prazer insaciável de ler. Isto não quer dizer que sempre devam ler livros novos. Existe também o prazer de reler as histórias, se forem realmente boas. O interesse não acaba nunca! É como reencontrar um velho amigo.

Outro ponto relevante: não acharmos o máximo que nosso filho leia, que o “importante é ler, não importa o quê”. Os livros também influenciam nossos filhos.  Essa confiança ilimitada em tudo que está escrito, atribuindo ao texto impresso, por si só, um valor de argumento de autoridade é um grave equívoco.

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