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sexta-feira, 3 de junho de 2011

Ser pai de aço inox

http://www.acidigital.com/familia/progenitores.htm

Em geral, as pessoas e os animais geram vínculos estreitos com seus pais, especialmente há pouco tempo de nascidos.

Esse vínculo é garantia de que a mãe possa alimentar e criar os seus; entretanto, nem sempre o apego é para com a verdadeira mãe. Nas aves, por exemplo, quando nascem, seguirão qualquer objeto. Essa conduta precoce de seguir a outra coisa tem conseqüências futuras dramáticas.

A natureza do objeto que se segue ajuda a determinar as preferências posteriores, no que se refere amigos e consortes. Por exemplo, quando os perus são criados desde o princípio por seres humanos, com freqüência preferem cortejar a pessoas e não a outros perus. Esse traço inato de seguir e refletir um apego denomina-se imprinting, ou imprensa. No início, pensou-se que tal fenômeno obedecia a modelos paternos, tinha sua raiz na satisfação de necessidades, tais como comida, calor e um ambiente adequado. Portanto, tais apegos estariam associados a fins agradáveis.

Entretanto, em experiências realizadas com macacos órfãos de mãe, foram-lhes atribuídos "mães substitutas", algumas feitas de arame, e outras de tecido. Ambas tinham uma mamadeira incorporada, e, portanto, eram fisiologicamente equivalentes. Os informes obtidos à respeito do comportamento dos "filhos" macacos revela que os macacos bebês passavam mais tempo subindo e enroscando-se em suas mães cobertas de tecido, do que em suas mães de arame.

Isso parece indica que o contato corporal e o bem-estar imediato são muito mais importantes que a alimentação, para unir o recém nascido à sua mãe. Nos humanos, o contato físico imediatamente depois do nascimento costuma influir nesta relação de forma substancial. Em uma experiência realizada entre dois grupos de recém nascidos, alguns receberam o cuidado normal hospitalar posterior ao parto por parte de suas mães: uma olhadinha um pouco depois do nascimento uma visita breve entre as 6 e 12 horas mais adiante, e sessões de alimentação de 20 a 30 minutos, a cada quatro horas, todos os dias.

Grupos de outras mães puderam interagir durante uma hora, pouco depois do parto e durante várias horas diariamente, a partir de então. Observou-se que esse tipo de mães mostra-se mais afetuoso e se interessa mais pelo bem-estar de seus filhos. Posteriormente, com o passar dos anos, fazem mais perguntar a seus filhos e dão menos ordens.

Dito em poucas palavras, uma aproximação durante os primeiros dias costuma assegurar melhor a atenção e proteção desde o princípio, e durante todo o longo período de cuidado infantil. A criança, por sua vez, identifica e prefere o cheiro de sua própria mãe e não de outra, e para os 20 ou 30 dias, o faz também com sua voz.

Tudo isso parece indicar, que o contato imediato depois do parto reduz a probabilidade de problemas posteriores dos pais, incluindo o abandono, descuido e abusos, de que tanto sofre nossa comunidade, na qual centra-se tanto a atenção nos menores que os padecem e não, muitas vezes, nos progenitores de metal.

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