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quarta-feira, 14 de julho de 2010

A vida ao vivo - parte 2 - Puerpério ( Pós-parto )

Por Maria Teresa

Hoje está em foco o nascimento do bebê. Nessa hora especial, há vários protagonistas: os dois fisicamente envolvidos, mãe e filho, e o terceiro, que não participa fisiologicamente do momento, mas tem vital importância para os dois primeiros - o pai.
O tema é polêmico em suas variantes. Hoje vamos falar sobre o puerpério.

É um período variável, de evolução diferente de mulher para mulher, quando, junto com exercício prático da maternidade, a mulher experimenta profundas modificações variadas, com gradativo retorno ao estado de antes da gravidez. Atende também pelo antigo nome de resguardo, como no tempo das nossas avós. Só que agora não dá mais pra fazer repouso e tomar só canja de galinha.

Com a eliminação da placenta, a mulher perde, subitamente, a sua fonte produtora de estrogênio.

Acontece, então, a liberação da prolactina(outro hormônio), aumentada como efeito da sucçã do bebê, o que determina o início da lactação. Ainda por conta do hipoestrogenismo(baixa dosagem de estrogênio), a puérpera irá experimentar um período de atrofia genital, denominado de "crise genital", até que os ovários retornem à sua função plena de produzir hormônios, período este variável e dependente da extensão e intensidade da lactação. Tal situação evidencia o papel da natureza de propiciar à mãe a dedicação quase exclusiva ao recém- nascido. Isso é ótimo, mas convém não fazer do terceito protagonista, o pai, um mero executor de tarefas. É preciso acolhê-lo nesse processo que tende a ser binário - somente mãe e filho - e permitir-lhe uma participação ativa e amorosa.

Modificações Gerais

Há o retorno do coração à sua posição original. Diminui a pressão venosa dos membros inferiores, com conseqüente melhora das varizes e edemas.

Com a saída do bebê, os órgãos abdominais se rearrumam, e desconfortos típicos da gravidez, como azia e contipação tendem a diminuir ou cessar. Claro que a qualidade da alimentação da mãe é fundamental para o bom funcionamento geral do aparelho digestivo. A frequente ingestão de líquidos contribui muito para isso, e ajuda a fornecer matéria prima para a lactação.

Os fenômenos de hiperpigmentação(manchas e mucosa mais escura) da face, das mamas e do abdome tendem a regredir rapidamente, podendo deixar alterações definitivas na coloração da pele.
As estrias avermelhadas tornam-se brancas e diminuem seu tamanho.
Algumas tem tendência a apresentar pele seca, queda acentuada de cabelo e unhas quebradiças.

Alterações Psíquicas

A experiência da maternidade, o início da lactação, o manuseio do recém-nascido e a alteração do ritmo do sono trazem normalmente para a primípara (a que teve sua primeira gestação) alterações psíquicas que podem variar entre crises de choro, crise depressiva e insegurança diante do pequeno ser que depende muito delal. Aí entra o apoio e assistência do pai e o suporte da família, e se esta não estiver por perto, de alguém de confiança que ajude. Atenção, vovós, tios e afins: suporte não significa invasão. O casal e o bebê precisam se adaptar e se conhecer, com privacidade. Não há nada pior do que visitas inesperadas e intromissões não solicitadas. Isso pode afetar seriamente o equilíbrio pessoal da nova família e a harmonia geral.

Se houver já outro ou outros filhos, o melhor é agregá-los aos cuidados e atenção ao pequenino. Dar-lhes pequenos encargos, sempre sob as vistas dos adultos, fará com que se sintam mais próximos do bebê e da mãe, ajudando, assim, a diminuir o ciúme natural que sentirão. Manifestações de birra, sintomas de regressão, como chupar dedo e fazer xixi na cama, são bastante comuns, e requerem muito carinho e paciência dos pais, porque este é o seu objetivo inconsciente.
Metabolismo
A puérpera experimenta uma grande perda de peso, 5 a 6 kg após o parto, e, com a normalização do seu metabolismo, poderá perder mais 2 a 3 kg nos primeiros dez dias. A amamentação também ajuda a emagrecer, mas é importante entender que se alimentar bem não significa comer demais. E também é terminantemente proibido iniciar qualquer regime ness fase; se necessário, o médico assistente a encaminhará para uma nutricionista no tempo adequado.O corpo precisa ter o seu tempo para retomar a antiga forma. Paciência e prudência são boas companhias.

Um comentário:

Ministério da Saúde disse...

Olá blogueiro,

Dê ao seu filho o que há de melhor. Amamente!

Quando uma mulher fica grávida, ela e todos que estão à sua volta devem se preparar pra oferecer o que há de melhor para o bebê: o leite materno.

O leite materno é o único alimento que o bebê precisa, até os seis meses. Só depois se deve começar a variar a alimentação.

A amamentação pode durar até os dois anos ou mais.



Caso se interesse na divulgação de materiais e informações sobre esse tema, entre em contato com comunicacao@saude.gov.br

Obrigado pela colaboração!

Ministério da Saúde

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