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sexta-feira, 23 de julho de 2010

Li por aí - (10) - Mais vale um compromisso que mil opções

No blog amigo depósitos de idéias, encontrei este texto que segue abaixo, com uns pequenos cortes, transcrevo:

Por: João Carlos

Câmara Cascudo explica que as festas juninas têm sua origem nas comemorações pagãs pela chegada do verão no Hemisfério Norte.

Como nossos atuais reveillón e carnaval, os dias quentes iniciados no solstício supunham banquetes especiais, músicas e encontros amorosos, resumidos como que simbolicamente na grande fogueira.

Bem mais inocentes, nossas festas trocaram tais encontros pela representação de um casamento de interior, animada por quadrilhas, canções e comidas típicas.

As divindades pagãs foram substituídas por Santo Antônio, São João Batista e São Pedro, cujas memórias caem respectivamente nos dias 13, 24 e 29 de junho (ou o domingo seguinte).

Santo Antônio acabou por atrair mais a atenção, especialmente do público feminino, devido à crença de ser casamenteiro. Nesse sentido, recebi as seguintes perguntas:

A fé reaparece na época da trezena de Santo Antônio?

Não é fé, é consciência do encalhamento.

Tem alguma simpatia para os encalhados?

Os encalhados encalharam, ou porque a maré estava muito baixa, ou porque lhes faltou habilidade no timão. Por isso, se não dá para levantar âncora, sugiro fazer a dança da chuva. Tanto num caso quanto no outro é preciso ter jovialidade. Afinal, entregar-se por amor é coisa de gente que ainda não está apegada aos próprios esquemas. Quanto mais velho se fica, mais dificilmente se resolve essa questão…

Sinto pena dos que só “curtiram” e não se entregaram quando jovens, pois correm o risco de terminarem sós. Está aí um engodo da moda: trocar o amor por aventuras. Não há maior aventura do que comprometer-se.

Completo dizendo apenas o seguinte: o amor romântico sempre se verá ameaçado pelas decepções; a caridade jamais, porque não busca seu próprio interesse.

Um comentário:

MT disse...

É interessante lembrar o porquê da fama de Stº Antonio como casamenteiro: uma moça pobre queixou-se ao santo de não poder casar com quem amava por não ter dote, condição obrigatória naquela época. Este, então, deu-lhe um recado escrito a um ourives que conhecia, pedindo-lhe que desse à moça o equivalente em ouro ao peso do papel. O ourives achou graça, mas pesou o bilhete. O seu peso era o do ouro necessário ao dote da noiva. Peçam a ele, moças e moços, que funciona!

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